#51 A Mansão da Meia-Noite (1983)

 Hoje é um dia especial (meu aniversário) e eu queria um filme especial para escrever. Pensei em pegar alguma tosqueira que eu amasse, mas acabei preferindo um filme que mora muito no meu coração. Então, escolhi A Mansão da Meia-Noite (House of the Long Shadows), porque ele fez uma coisa que pouquíssimos (quase nenhum outro, na realidade) filmes fizeram: ele reuniu quatro dos grandes nomes do terror britânico dos anos 1960 e 1970: Vincent Price, Peter Cushing, Sir Christopher Lee e John Carradine.

E, o melhor: é um filme divertidíssimo.

A história é a seguinte: Kenneth Magee (Desi Arnaz, Jr.) é um jovem escritor. Seu último livro já não está vendendo tão bem, então seu editor faz uma aposta com ele: escrever uma história tão boa quanto O Morro dos Ventos Uivantes em 24 horas. Para isso, o editor consegue alugar uma mansão isolada onde o rapaz poderia escrever em paz.

Mas é claro que ele não tem paz nenhuma. Chegando lá, ele encontra uma dupla de caseiros bem estranhos (interpretados por Carradine e Sheila Keith). Logo em seguida, descobre que seu editor pediu à sua secretária que ajudasse a assustar o moço.

O problema é que a secretária descobre que não era pra ter nenhum caseiro na casa. Logo em seguida, o carro de um senhor (Cushing) quebra (ou é isso que ele afirma…) e ele pede ajuda no casarão. Além deles, chegam também o “herdeiro” do casarão (Price) e um homem que afirma estar ali porque está prestes a comprar a casa (Lee).

Nada disso perturba Magee aparentemente, mas então uma série de situações estranhas passam a acontecer no lugar. Outros dois visitantes chegam inesperadamente, uma macabra trama de família passa a se desenrolar, e tudo começa a ficar sinistramente assustador. Magee, infelizmente, que só queria um pouco de sossego para vencer a aposta, acaba tendo que lidar com uma sequência de acontecimentos bizarros. 

Parece uma bagunça, né. E é mesmo. Mas é uma bagunça que funcionou muito bem com o espírito dos quatro atores, lendas do cinema de terror. Há todo um fio condutor que faz sentido e acaba fazendo com que a gente se interesse pela história. E apesar de não ser aquela super produção que a gente esperaria para esses grandes astros, ou mesmo um roteiro brilhante, é uma delícia vê-los juntos em cena. Alguns deles, inclusive, em seus últimos anos de atuação.

O roteiro do filme foi baseado no livro Seven Keys to Baldpate, de Earl Derr Biggers, que também virou uma peça teatral e diversos filmes (além deste). O filme foi dirigido por Pete Walker.

Se você, assim como eu, é apaixonado por esses caras, esse aqui é um filme imperdível. Aproveite esses 101 minutos na grande companhia de Carradine, Price, Lee e Cushing. O filme está disponível com a assinatura do Looke, na Prime Video. 








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