Sai notícia de prequel eu já dou aquela torcida de nariz, mas fui com boa vontade assistir Apartamento 7A, que se passa antes de O Bebê de Rosemary. Eu não sabia nada do filme e foi uma grata surpresa ver o nome da Natalie Erika James como diretora. Gosto demais do trabalho dela, e Relic é um filme ótimo.
Terry Gionoffrio (Julia Garner) é uma bailarina tentando a vida em Nova Iorque. As coisas seguem bem até que ela sofre um acidente e quebra o tornozelo (a cena em que isso acontece é bastante agoniante). Corta para poucos meses depois, ela ainda se recuperando e fazendo testes, para voltar a dançar. Ela ainda está machucada e não se sai bem. Além de tudo, está sem grana e depende de uma amiga.
Num dos testes, ela é humilhada pelos produtores. Inconformada, ela resolve seguir Alan Marchand (Jim Sturgess) até seu prédio, para tentar convencê-lo de que ela era boa o suficiente para o papel. Ela não consegue chegar até ele, passa mal e vomita na calçada. Um doce casal de senhores a ajuda e a recebe em seu apartamento.
Do nada, eles oferecem um apartamento vago para que ela possa morar sem pagar nada. Parece fácil demais para não haver uma consequência, não é mesmo? Daqui em diante começam a acontecer coisas estranhas, desde sua repentina recuperação até um papel de destaque numa companhia de dança. A maravilhosa Dianne Wiest interpreta a doce senhora que a acolhe. Aos poucos ela se mostra enxerida, entra no apartamento sem permissão e começa a jogar coisas na cara dela. Para quem viu O Bebê de Rosemary, é fácil adivinhar o andamento das coisas.
Esse filme é perfeito? Não. Precisava existir? Talvez não, mas eu achei muito bem feito e com uma história redondinha. Não tem grandes plot twists, e tem um clima bastante assustador, quase tão bom quanto o original. Julia Garner está ótima no papel de Terry, ainda mais que ela interpreta uma moça sozinha em uma cidade grande, rodeada de pessoas estranhas, ao contrário de Mia Farrow, que tinha o marido ao lado, para supostamente protegê-la.
Filme mediano que diverte.
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