Cresci assistindo produções de tokusatsu que eram exibidas nas manhãs da TV aberta brasileira, como Jaspion, Jiban e etc. Para quem não está familiarizado com o tema, tokusatsu é como os japoneses chamam os filmes e séries de ação que possuem muitos efeitos especiais. Dentro desse gênero, existem várias categorias, como o kaiju, que são as películas estreladas por monstros gigantes. Esse subgênero surge em 1954 com o lançamento de Godzilla (Gojira). Esse personagem se popularizou ao redor do mundo e já apareceu em mais de 30 longa metragens, como Godzilla vs. Megalon (1973), o qual abordarei nesse texto.
Seatopia é uma civilização localizada embaixo do mar. Ela passa a ser perturbada pelos testes nucleares japoneses no oceano. Cansados das agressões, os governantes seatopianos mandam o monstro Megalon para defender o reino e destruir Tóquio. Para colocar o plano em prática, a nação submarina sequestra um robô criado por um inventor para conseguir orientar o insectóide até o seu destino final. A única esperança dos japoneses para conter essa destruição é o monstro Godzilla.
Como já existia um culto ao Godzilla nos anos 70, os produtores da franquia passaram a criar várias obras seguidas que são, literalmente, um grande fan service. Godzilla vs Megalon não é diferente. A audiência quer ver o embate entre os monstros gigantes e, por essa razão, o roteiro que encaminha para esse confronto é o mais básico possível, falando sobre os controversos testes nucleares japoneses com uma pureza quase infantil. A edição do filme também abraça a simplicidade. Dessa forma, a briga entre os dois kaijus é potencializada.
Devo dizer que assistir esse longa foi uma experiência muito nostálgica. Os efeitos especiais datados, o stop motion risível... Parecia que estava novamente na sala da minha antiga casa, nos anos 80, revendo alguma coisa da programação da TV Manchete.
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