Retorno hoje para falar sobre Godzilla vs Mechagodzilla II (o inimigo agora é outro). Quando escolhemos nossos títulos, eu fiz questão de escolher a Mothra e seus filmes, e aí aproveitei para pegar o Mechagodzilla e o Mechagodzilla II. A parte divertida disso é que apesar de ter um dois na frente, esse filme não é uma sequência do primeiro. Mas chegamos até aqui, meus caros amigos.
Como comentei no texto passado (e meus colegas já comentaram nos textos também) a Era Heisei funciona como um reboot da franquia. O Ale comenta muito bem essa reestruturação no seu texto sobre O Retorno de Godzilla. Então vários monstros ressurgiram, mas como se fosse a primeira vez.
Enfim, em Godzilla vs Mechagodzilla II, dirigido por Takao Okawara e lançado em 1993, nós continuamos acompanhando situações que se deram por decisões (burras) que foram tomadas depois de Godzilla vs. King Ghidorah. Depois dos acontecimentos desse filme, muita coisa mudou no universo da Era Heisei. As Nações Unidas, por exemplo, criaram um tipo de centro pra monitorar o Zilla e agir contra ele, chamado United Nations Godzilla Countermeasures Center (UNGCC). Esse centro é importante porque ele criou duas armas anti-Godzilla: Garuda, uma nave esquisitona, e o Mechagodzilla.
Passados dois anos da criação desses robôs, um time de exploradores japoneses encontra na Ilha Adona um ovo, que parece ser de um Pteranodon, e que acaba atraindo o Zilla e o Rodan. Eles levam esse ovo até um centro em Kyoto, onde ele se quebra e o que nasce, na verdade, é um Baby Zilla (e não um Baby Rodan, como todos pensaram). Esse Baby Zilla tem uma forte conexão com a cientista Azusa Gojo (Ryoko Sano) (e que rende alguns dos momentos mais bonitinhos do filme).
Então, o Baby Zilla começa a chamar pelo seu pãe (eu realmente não sei que parentesco eles têm). Os cientistas até tentam fazer com que o Mechagodzilla pare o Zilla original, mas não conseguem, e eles acabam dando um jeito de proteger a conexão mental que o Zilla tem com o filhote.
Assim, só por causa dessa palhaçada — que eu acho que configura rapto — eu acho que Zilla estava certo em quebrar metade de Kyoto tentando recuperar seu filhote.
E é aqui que a gente tem uma lição interessante sobre os Zillas: eles têm um segundo cérebro. O do Baby Zilla foi identificado no popô dele, e ele é quem controla os movimentos do bichinho. Os cientistas têm certeza que isso deve servir para o Zillão também, e resolvem fazer o quê? Usar a criança inocente para atrair o pãe dele e usar o Mechagodzilla contra o pobre.
Uma coisa que esqueci de comentar no texto anterior é da personagem Miki Saegusa (Megumi Odaka), uma vidente que faz algumas aparições na Era Heisei e que consegue se comunicar telepaticamente com o Zilla. Nesse filme ela recebe um destaque especial, pois querem que ela suba à bordo do Mechagodzilla. Em Godzilla vs Mothra ela aparece mais como uma personagem de apoio para o casal protagonista.
É claro que o plano dos cientistas de atrair o Zilla não dá muito certo, a começar que na verdade quem o Baby chama é o Rodan, que se recuperou da primeira batalha e tá novo (e radioativo). Ao enviarem o Mechagodzilla e o Garuda contra o Rodan, o Zilla também resolve entrar na festa. Nesse momento rola uma coisa super power ranger, o Garuda se une ao Mechagodzilla se tornando o Super-Mechagodzilla, uma loucura. E, como sempre, a batalha que se segue é um deus nos acuda.
Pra mim, o Rodan e o Zilla meio que são ambos os pais do Baby, afinal, ele atende ao chamado dos dois e os dois atendem ao chamado dele. Minhas partes favoritas foram com o Baby e a cientista, que eram muito fofas e muito tocantes. Esse filme tem uma vibe meio que uma mistura de Jurassic Park e Power Rangers (muito por causa do megazord formado pelo Garuda e o Mechagodzilla). Gostei muito no geral e sigo sendo uma defensora de Baby Zilla.
Se me perguntarem se eu gosto mais desse Baby Zilla do que o anterior, vou ter que dizer que gosto mais desse. Ele é mais fofinho e tem mais personalidade.
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