Conforme vamos nos aproximando dos últimos filmes da franquia (lançados até a publicação dessa resenha) do monstro japonês conhecido como Godzilla, ele já passou por muitas histórias e acumulou o suficiente para que determinados padrões fossem reconhecidos, assim como grandes vilões e plots foram revividos e repetidos.
Como dito na resenha anterior, a Era Heisei chegou ao fim e tivemos um hiato de alguns anos. Nesse meio tempo, os Estados Unidos conseguiu os direitos autorais para lançar seu próprio Godzilla, dirigido por Roland Emmerich, e acabou por pegar esses exatos elementos para duplicar a criatura em seu filme em total formato americanizado remake, o que só pode significar uma coisa: filme pipoca sem espírito ou brilho nos olhos. E isso foi muito percebido pelos estúdios da Toho e acabou por empurrá-los a produzirem o vigésimo quarto filme quando não haviam planos. E o que eles perceberam? O público, ao redor do mundo, sentiu falta de coisas como um ator vestindo uma roupa emborrachada se fazendo de kaiju e outros elementos muito clássicos, como um triângulo amoroso, principalmente se muito bem trabalhado.
A Era Millennium começa com um segundo reboot. Godzilla é uma criatura avistada em 1954 e desde então é um terror recorrente para o povo. Grupos governamentais, de cientistas, estudam sua formação genética e tentam descobrir uma forma de destruí-lo. Ao mesmo tempo, descobrem um objeto que datam de eras jurássicas e que acreditam poder trazer alguma ajuda para solução contra o monstro gigantesco. Acontece que, no final das contas, tal objeto era um OVNI não tripulado, mas inteligente e com vida e que acaba não só por descobrir a existência de Godzilla como também o seu grande fator regenerativo. E isso os interesse por demais, afinal eles querem recriar seus corpos. Mais uma vez os humanos demonstram-se os causadores dos males por não saberem como lidar com seus problemas de maneira bem observada. Os alienígenas se mostram tão destrutivos a ponto de Godzilla não conseguir impedi-los em sua missão.
Vale ressaltar algumas curiosidades com esse filme, como o fato de que foi realmente uma corrida para que mostrassem que o réptil colossal era uma criação japonesa e que, de fato, sua qualidade se sustentava ainda muito bem em solo natal, ao contrário das temerosas mãos norte americanas. Ao ponto de que a Toho precisou emitir um comunicado oficial de que isso NÃO se tratava, de qualquer forma, de uma disputa. Godzilla (o americano) havia ido bem nos cinemas e a animação também demonstrava bons pontos nas TVs ocidentais e era isso o que importava.
A partir daqui começa uma das menores fases da franquia e que, infelizmente, acaba por diminuir a presença dela nas telas do cinema. Pelo menos nas mãos da Toho.
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