#95 A Guerra dos Monstros (1965)

Godzilla vs Monster Zero/Invasion of Astro-Monster

Direção: Ishiro Honda

Roteiro: Shin’ichi Sekizawa

Japão – 1965 – Cor, 94 minutos

Elenco: Nick Adams, Akira Takarada, Jun Tazaki, Akira Kubo, Kumi Mizuno, Keiko Sawai, Haruo Nakajima, Masaki Shinohara, Shoichi Hirose, entre outros e outras

Esse é o filme mais fofo que vi com o kaiju maravilha até hoje e olha que ele mal aparece em cena e quando o faz, nunca está sozinho, sabe porquê? Bom, tudo começa quando um novo planeta é descoberto por trás de Júpiter. Batizado de Planeta X, pois talvez não tenham sobrado nomes de divindades greco-romanas. Uma parceria Japão – EUA, envia uma nave para investigar a novidade, afinal, o que são singelos poucos mais 590 milhões de quilômetros de distância? Nada, tanto que Glenn e Fuji, pilotos da nave, chegam lá mais rápido do que o tempo da gente levantar e beber um copo d’água, afinal, magia do cinema e coisa e tal e eles acabam por descobrir que X (acabei de pensar aqui que o nome pode ser esse pelo fato do planeta ainda ser uma incógnita, ó...) é um lugar desolado, sem vida inteligente aparente e onde raios caem dos céus.

A sequência deles saindo da nave muito me lembrou a sequência similar em Alien – O Oitavo Passageiro (1977, dirigido por Ridley Scott), com todo aquele charme das maquetes da época. Após um breve entrevero, os Xiliens, habitantes do lugar, se anunciam. Eles têm aparência humanoide, são tecnologicamente superiores aos terrestres e vivem nos subterrâneos por medo de Monster Zero, um demônio que destrói tudo na superfície e é responsável pelos raios. Desesperados, eles pedem emprestados Godzilla e Rodan para destruir o demônio dos céus (!!!), que descobrimos ser King Ghidorah, a besta alada com três cabeças, duas caldas e beleza única, que acabou indo parar por lá. Sem acreditar no pedido, afinal, não se emprestam kaijus para ninguém, os astronautas são convencidos após os alienígenas lhes oferecem “a cura para todas as doenças” e também de provarem saber o paradeiro dos monstrões.

Eles voltam à Terra para dar as notícias a seus superiores e eles e elas, após rápida deliberação, concordam e com ajuda dos Xillien, transportam Rodan e Godzilla através do espaço, duas coisas fofas em estado de hibernação abraçadas a si mesmas, em nada lembrando as bestas feras que são, mas, que ao chegar em X, mostram a que vieram. Este sexto exemplar da franquia dirigido por Ishiro Honda diverte muitíssimo, a começar pela corajosa ideia central, que se ninguém tivesse tido ainda, teria de ser inventada, pois mucho loca, com direito até a uma dancinha de Godzilla (coisa imposta pelo produtor e que muito irritou Honda), mas, vista quase sessenta anos depois, mais acrescenta à moral do lagartão do que a diminui. Não se deixe intimidar pelo que talvez pessoas de mentes mais estreitas chamariam de filme trash e abra os braços para uma aventura interplanetária com direito a romance, traições, uma reviravolta que todos e todas sabemos que vai acontecer... e kaijus. Três deles, cada um mais lindo do que o outro. Um filme de Godzilla para ver e rever, pois bem doido das ideia e tem horas que é exatamente disso o que a gente precisa.





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