Talvez vocês leitores não saibam disso, mas nós, do 365, temos um grupo de wpp. Quando fomos dividir os filmes, cada um saiu pegando os seus, foi uma loucura, cachorro latindo, criança chorando, eu correndo atrás da Mothra etc. Por sorte todos ficaram felizes com suas escolhas. Alguns (eu), claro, não sabiam exatamente onde estavam se metendo, mas esse é o lance divertido dessa coisa toda.
Godzilla é uma franquia antiga e longeva. Muita coisa foi feita. Algumas coisas, inclusive, que imagino que o pessoal da Toho até se sentiu envergonhado anos mais tarde. Eu acho que O Filho de Godzilla foi uma delas.
Não me entendam mal, eu adoro o Babyzilla. Mas vejo os olhares desconfiados e o ódio gratuito (do Alexandre) que ele recebe. Eu coloquei o filhote sob minha proteção, e hoje chegou o dia de falar sobre esse pequeno filhotinho de lagarto.
O Filho de Godzilla, de 1967, foi dirigido por Jun Fukuda e, assim como todos os outros filmes do Godzilla, aqui nós temos humanos fazendo cagada. Um time de cientistas está na ilha Sollgel fazendo experiências para o controle do tempo, para poder adaptar lugares supostamente isolados do planeta terra para se tornarem locais férteis para plantio e colheita, tentando diminuir as possibilidade de fome mundial. O repórter Maki Goro (Akira Kubo), sentindo seu estômago o puxar até a ilha — sim, ele diz que quando sente faro de reportagem o estômato dele ronca —, chega ao local bem a tempo para os primeiros experimentos. Até aí tudo bem. Tirando o fato de que a ilha está cheia de uns louva-a-deus (sim, o plural é louva-a-deus, eu chequei) gigantes. Mas suave.
O problema é que o primeiro experimento dá errado e uma tempestade radioativa cai sobre a ilha. Aí, além de arrasar a base (que quase foi de base rsrssrsrs) ainda deixou os louva-a-deus que já eram grandes, maiores ainda. Eles apelidaram os bichão de Kamacuras.
Mas assim, usando o bom e velho português…… o que é um peido pra quem tá cagado, né?
Os grandes louva-deuses gigantescos e putos da cara desenterram um ovo. E é um ovo de quem? DE QUEM? Isso mesmo. Do Zila. É um Babyzilla. Quando o ovo quebra e o Babyzilla surge, os malvados louva-a-deus continuam zoando o barraco, até chegar o Zila pai (mãe? pãe? não sei, eu faltei à aula de reprodução de kaijus, não me perguntem). E aí o que se estende é uma luta assim sem precedentes na história do cinema: tem louva-a-deus jogando bola, tem o zila dando um golpe fatal em um dos louva-a-deus. É um verdadeiro UFCMG — Ultimate Fighting Championship de Monstros Gigantes.
Eu esqueci de comentar que tinha uma moça que vivia na ilha antes dos cientistas. Indo na lábia do jornalista, ela acaba indo até a base científica para se apresentar. A moça era filha de um arqueólogo que, em 1955, em uma das expedições, acabou ficando para trás. O pai da garota morreu, mas ela continuou lá. De alguma forma, entretanto, ela aprendeu a se comunicar com os Godzillas.
De repente, quando os cientistas caem doente, é Saeko, a moça, que sabe como curá-los. Ao ir até o local buscar um líquido para isso, ela acaba despertando outro inseto gigante (essa ilha não é brincadeira), chamado Kumonga, uma aranhona feiosa lá. E aí nós temos mais UFCMG pra todo lado.
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Aqui o Zilão já tava pensando "por favor, Mothra, me leva!" |
Acho que chegamos em um ponto desse especial que não tem mais volta. Todos estamos um pouco descacetados das ideias assistindo esses filmes, a gente simplesmente assiste e pensa “caraca, cinema!”. Foi assim que eu me senti, e é assim que meus colegas se sentem, tenho certeza.
Vamos ver o que o futuro nos aguarda.
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