Texto escrito por Daniela Hänggi
Gonjiam é um filme no estilo found footage (aquele que usa materiais que supostamente
foram gravados pelos personagens), e tem a ambientação baseada em um hospital
psiquiátrico real.
Acompanhamos uma equipe de produtores de conteúdo para a internet que pretende fazer
uma transmissão ao vivo de dentro do hospital, que tem várias histórias horrorosas, desde a
época em que estava funcionando, com coisas terríveis feitas pelos vivos para os vivos, até
muito depois de ser fechado, com muitos relatos sobrenaturais trágicos.
Até aqui foi a premissa do filme, então deixo um jump scare muito bem colocado de
possíveis SPOILERS.
No início, temos uma introdução ao hospital e suas lendas e aos membros da equipe de
produção e filmagem, que pretendem fazer uma mega transmissão ao vivo e ganhar muito
dinheiro de anunciantes. A reunião deles ocorreu especificamente para esse evento, então
a maioria não se conhece.
Acompanhamos a viagem até o hospital e a organização (e maracutaias) para montar um
acampamento base, onde ficarão os computadores e o líder da equipe, e a colocação das
câmeras em cada participante (conseguimos enxergar do mesmo ângulo que eles e o rosto
deles, com câmeras pessoais). Já existe um roteiro combinado de onde cada dupla irá e o
que devem fazer, e depois descobrimos que existe um roteiro dentro do roteiro que apenas
alguns sabem para que a experiência fique mais aterrorizante e pareça mais sobrenatural
para o público, e é claro que é aí que tudo começa a dar errado.
Após andar pelo hospital, que também foi equipado com câmeras de transmissão remota,
os participantes começam a traçar o(s) plano(s), o que rende alguns sustinhos, mas nada
muito emocionante. Realmente eu achei o filme bem lento (quase demais), por um
momento quase perdeu minha atenção. E daí tudo acontece.
Depois de um susto que mexeu demais com a cabeça de uma das integrantes da
transmissão, a dupla decide que já chega e que vai abandonar as gravações. No caminho
de volta ao acampamento, do mais absoluto nada, juro que eu já estava até meio olhando
através da tela, acontece aquela cena maldita, DO MAIS ABSOLUTO NADA. E daqui pra
frente, meus monstrinhos, só pra trás.
Parece que a produção guardou todo o orçamento para usar sabiamente nos últimos 15
minutos de filme. É tanta coisa acontecendo ao mesmo tempo, e tudo tão bem feito e
assustador, que dá até uma desorientada. Daqui em diante eu não consigo nem resenhar
mais de maneira que honre o que aconteceu, só imploro que vocês vão lá e se deem esse
trauma delicioso. Boas visualizações.
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