#134 13 Ghosts (1960)


Muita gente tá acostumada com o filme 13 Fantasmas — ou Thir13en Ghosts, que é o nome legal dele —, lançado em 2001. Esse filme tem o cheirinho dos filmes dos anos 2000; aquele visual muito único, sabe? Foi na época que o Lillard tava fazendo vários filmes, pouco antes dele ser o Salsicha no live action perfeito de Scooby-Doo. Se não me engano, ele passou algumas vezes na TV.

Hoje eu não vou falar desse filme. Hoje eu vou falar do filme que veio antes dele. O 13 Ghosts, de 1960, do William Castle. 

13 Ghosts começa com a morte de Plato Zorba, um ocultista, que deixou uma casa para seu sobrinho Cyrus (Donald Woods), bem a tempo dele se livrar de um problemão de não ter onde morar. Tudo perfeito, certo? Não, tudo um desastre. O advogado, Ben (Martin Milner), avisa a Cyrus que 1) a casa é assombrada; 2) ele e sua família precisam viver lá, e não podem vendê-la.

Quanto a não vender a casa tudo bem. Mas a questão dos fantasmas é um pouco mais complicada. De início, Cyrus e sua família — sua esposa Hilda (Rosemary DeCamp) e seus filhos, Medea (Jo Morrow) e Buck (Charles Herbert) — se mudam para lá e não acreditam muito nesse detalhe, mas logo são levados a crer que realmente, o lugar é esquisito.

Além dos fantasmas, que Zorba recolheu de diversos lugares do mundo, a casa também tem uma governanta: Elaine (Margaret Hamilton), que realiza sessões com um tabuleiro Ouija e tudo. Não bastasse tudo isso, a família ainda pode estar em perigo por causa de um certo dinheiro que nosso amigo Zorba pode ou não ter escondido na casa. O puro suco de um presente de grego recebido pelo pobre Cyrus.

Os fantasmas, claro, são invisíveis. Mas há uma forma de vê-los: Zorba criou um óculos, e só com ele pode se ver esses fantasmas. Pra mim, é aqui que mora a genialidade desse filme. No seu lançamento no cinema, era dado um tipo de óculos 3D, com celofane azul em um dos lados e celofane vermelho no outro. O filme era todo em preto e branco, mas nas cenas com os fantasmas havia um tipo de filtro azul, que deixava os vivos em exposição, e um filtro em vermelho, que deixava os fantasmas em exposição. Se você queria ver os fantasmas, aparecia um aviso para você colocar os óculos.

A ideia não fez lá muito sucesso com os críticos, mas eu acho incrível. Nas cópias de hoje do filme há também essa diferença de cor, e o aviso para se colocar os óculos continua lá, não foi cortado.

Eu tenho um carinho muito grande por esse filme, assim como pelo de 2001, mas pelos motivos diferentes. Para mim, ambos tentaram inovar em seus respectivos momentos em que foram lançados, e eu tenho um apreço muito grande por essas tentativas.

A virada dos anos 1990 para os anos 2000 viu muitos desses remakes de filmes antigos, principalmente dos produzidos por William Castle. A Casa da Colina (que não é o da Shirley Jackson) veio nessa mesma esteira, e Navio Fantasma (mesmo seu antecessor não tendo sido do Castle), segue mais ou menos essa ideia também.

Amanhã vocês vão conferir a dica da Michelle, com os 13 Fantasmas de 2001. Assistam os dois se possível, vai valer muito a pena. 








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