Contatos de 4° Grau
EUA - 2009 colorido 97 minutos
The Fourth Kind
Direção e roteiro: Olatunde Osunsanmi
Elenco: Milla Jovovich, Charlotte Milchard, Will Patton, Elias Koteas, Olatunde Osunsanmi, Mia McKenna-Bru, Raphaël Coleman, entre outros e outras
Sempre que penso sobre as estrelas me invade bem-vindo sentimento de insignificância que me ajuda a seguir em frente, afinal, o universo, mesmo com bilhões de anos nas costas, ainda é jovem o bastante para ter várias eternidades de existência até finalmente se extinguir e que estaremos por aqui apenas por um átimo desse tempo colossal, o que me faz perceber que na vida nem tudo é tão urgente, urgente mesmo é a inspiração e nisso as estrelas são craques, alcançam a qualquer um que se deixe inebriar por sua luz, da mente mais simplória às geniais, enquanto aqui estivermos e deixarmos, elas serão fontes de ideias que viram esperanças, descobertas, histórias... e por falar nelas, quantas delas as estrelas já inspiraram e principalmente, testemunharam? Relativo à segunda parte da questão, ouso dizer que todas, pois estavam aqui antes de nós e estarão depois que há muito tivermos partido.
Sobre a primeira, posso afirmar que muitas, sejam histórias que se passam em nosso planeta ou que nos levem a percorrer a vastidão do espaço e outras dimensões a bordo de transportes movidos a ciências ainda impossíveis, vivendo aventuras mil, ou que tragam criaturas oriundas de outros sistemas à nossa presença, nem sempre com intenções que se adequam à nossa sobrevivência e confesso a vocês, invariavelmente torço pelos alienígenas, mas, às vezes isso muda, como no caso de Contatos de 4° Grau, um falso documentário com cenas ficcionalizadas que se passa em Nome, aprazível cidade onde só se chega de barco ou avião e que, apesar disso, tem um dos maiores índices de desaparecimentos do estado, a saber, o Alaska.
Abbey Tyler (Milla Jovovich) é uma psicóloga traumatizada pela morte do marido que, para não lembrar tanto das próprias dores, se foca no trabalho enquanto tentar cuidar de Ashley e Ronnie, seus filhos pequenos, da melhor maneira. Durante as sessões, a doutora percebe semelhanças nos depoimentos de vários de seus pacientes, narrativas traumáticas e dolorosas feitas sob hipnose que falam de grandes corujas brancas que depois de muito os observarem do lado de fora de suas casas, decidem invadi-las. Uma noite, durante um surto psicótico, um deles mantém a própria família refém sob a mira de uma arma enquanto grita coisas aparentemente desconexas. Abbey é chamada para conter a situação, mas, de nada adianta, o homem assassina toda a família e se suicida em seguida. A partir daí, estudando mais atentamente às gravações das sessões e com a ajuda de Abel Campos (Elias Koteas), um colega de profissão, a doutora começa a suspeitar que Nome é visitada regularmente por extraterrestres e que os desaparecimentos no lugar seriam causados por abduções. Quem não acredita nem um pouco nessa história é August (Will Patton), xerife da cidade, que dedica ao caso um olhar racional que acaba por tornar Abbey o principal alvo das investigações, além de também questionar a sanidade da mulher.
Sucesso moderado quando lançado, Contatos de 4° Grau angariou diversas críticas negativas, além dos produtores terem sido processados por difamação pela cidade de Nome, já que o filme se apresenta como documentário e parte do público, mesmo que não tenha acreditado nas afirmações creditadas aos extraterrestres, botou fé que o lugar era pródigo em desaparecimentos não-solucionados, manchando a reputação da cidade, que por acaso não é mesma que aparece durante o filme, já que o mesmo foi feito na Bulgária. Coisas da vida.
Divertido e com montagem interessante, como eu disse antes, apesar de eu geralmente torcer pelos monstros, neste aqui foi diferente, eu quis apenas saber o que acontecia ali e fosse o que fosse aquela força exterior, que partisse e deixasse aquela gente em paz, mesmo que humanos, essa raça desgraçada, fossem.
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