#189 Apollo 18 - A Missão Proibida (2011)

Tem determinados filmes e histórias que funcionam muito bem quando contadas no estilo Found Footage, pois ele nos aproxima dos personagens e nos coloca direto na trama. É muito o que acontece com Apollo 18, pois além de trazer um falso documentário contando a saga de três astronautas que são levados para a lua numa armadilha disfarçada de missão ultrassecreta, apresenta ainda as gravações encontradas desses profissionais enquanto em missão e em apuros. A agonia é certa. É como se a gente sentisse ou estivesse lá com eles. E o que me deixa mais angustiada assistindo ao filme, é saber que nem fugir do perigo que os cercam, os coitados podem. Enfim... mas, qual a história mesmo? 

O slogan do filme já começa vendendo a trama dizendo que existe uma razão pela qual o homem não voltou à lua e que a missão da Apollo 17, foi a última oficialmente. Bom, pelo menos é o que se sabe oficialmente. Escrito por Brian Miller e dirigido por Gonzalo López-Gallego, Apollo 18 tem a premissa da missão cancelada justamente que dá nome ao filme. Ela teria supostamente passado pelo satélite em 1974, mas nunca retornou ao solo estadunidense, e por conta disso, o governo e a NASA, não teriam lançado outra missão e encerrado na 17. No entanto, no caminho de Nate Walker (Lloyd Owen), Bem Anderson (Warren Christie) e Johnny Gray (Ryan Robbins) havia uma pedra. Uma não, várias delas e dentro delas, o mistério que transformou esta missão num verdadeiro inferno para esses três. 

É importante saber que o roteiro se aproveita de fatos históricos e reais para valer sua trama, a Apollo 17 realmente existiu, assim como existia também a intenção do governo dos EUA de lançar as 18, 19 e 20, mas foram canceladas por questões orçamentárias. As gravações encontradas e que montam a trama, mostram as supostas 84 horas da suposta missão secreta do Departamento de Defesa para implantar transmissores de alta frequência que soltariam alertas e serviria de defesa antimísseis da União Soviética.

Tudo indo bem no início da missão e da primeira instalação, até que depois de colher amostras de rochas lunares, coisas estranhas começam a acontecer na nave, nas gravações e na comunicação deles com a Terra. Até aqui, tudo bem, só que a coisa se complica quando eles têm que mover o veículo lunar para uma parte mais sombreada da lua e a câmera deles pega algo se movendo dentro de uma cratera. O alerta para eles foi dado: “Cuidado ao entrar numa cratera lunar, pois é tão frio, tão frio que o risco de congelar é grande”. 

Até aqui, ainda tudo bem...

Passa-se o primeiro dia, eles voltam para a nave e a partir daqui a coisa passa de tudo bem, para o pior pesadelo de um ser humano. O que parecia ser rochas inofensivas, se revelam seres extraterrestres de alta periculosidade dispostos a tudo para defender seu território. Primeiro eles são organizados e começam com o terror psicológico fazendo pequenos barulhos num lugar que supostamente era para ser silencioso e inóspito. Depois, pequenas interferências e chegando até a derrubar a bandeira dos EUA fincada lá. Como se não bastasse isso, os astronautas norte americanos acham pegadas que os levam até uma nave russa abandonada. 


 Oquei, não falarei mais nada pois já devo ter soltado alguns spoilers e ir além disso, pode estragar a experiência de quem por acaso se interesse em embarcar nessa jornada.

O fato é que o found footage aqui casa demais, já que essas missões costumam se utilizar do recurso de filmagens e gravações para poder capturar e catalogar todo tipo de informação. Como disse lá em cima, é uma ficção que se apoia em fatos históricos reais e por isso aberto a interpretações e teorias. Mas, não só isso, físicos, engenheiros e outros profissionais analisaram imagens do filme e lançaram um verdadeiro tratado do que estaria errado cientifica e tecnologicamente na produção, que inclusive, mistura filmagens fictícias com reais da NASA que foram tratadas para parecer da década de 70. 

Em suma, Apollo 18 traz um alienígena dos mais medonhos com aparência de inofensivo que já vi em filmes do gênero, além disso, levanta questões sobre poder, territorialidade, paranoias e a escrotidão do ser humano super poderoso. Impossível não assistir ao filme e voltar a velha discussão sobre as teorias se realmente o homem pisou na lua mesmo. 





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