Imagine você, morando em sua cidadezinha pacata e pequetita, convivendo com seus pais, saindo com o cara que joga no time de futebol americano, quando uma força alienígena pode colocar tudo a perder.
Você tem que tomar medidas drásticas.
Eu me lembro até hoje quando assisti A Bolha Assassina pela primeira vez. Vi o remake, e até hoje não assisti a obra original, infelizmente, porque sou relapsa. Mas eu fiquei fascinada pelo filme. Eu estava naquela época deslumbrada, querendo conhecer tudo sobre terror, eu só assistia terror, só falava sobre terror. Pouca coisa mudou desde então, só acabei com um pouco menos de tempo para os filmes (mas continuo deslumbrada).
A Bolha Assassina, de 1988, foi dirigido por Chuck Russell, que no ano anterior havia dirigido um dos melhores filmes da franquia do Freddy Krueger, que é A Hora do Pesadelo 3: Os Guerreiros dos Sonhos — ele também dirigiu O Escorpião Rei, com aqueles efeitos incríveis e o The Rock no início da carreira de ator.
No filme, Meg Penny (Shawnee Smith) é uma líder de torcida que está saindo pela primeira vez com um dos jogadores do time de futebol americano, Paul Taylor (Donovan Leitch Jr.). A caminho de seu encontro, eles acabam se metendo em um acidente e quase atropelando um senhor (Billy Beck) que mora nas ruas da cidadezinha, acompanhado de Brian Flagg (Kevin Dillon), o conhecido bad boy do local.
Mais cedo, naquele dia, o homem havia encontrado uma misteriosa coisa que caiu do céu. Aquilo grudou em suas mãos e, quando o acidente acontece, os jovens resolvem levá-lo ao hospital. E é chegando lá que as coisas ficam doidas. A misteriosa criatura alienígena começa a assassinar todos pela frente. O xerife do local, sem entender o que está acontecendo e sem dar ouvidos ao que Meg Penny afirma ter visto (uma bolha esquisita devorando seu então namorado), tem certeza que o culpado é Flagg.
Somente quando agentes especiais do governo chegam, é que eles têm a dimensão do que está acontecendo: uma criatura alienígena está destruindo a paz da cidadezinha. Quem vai salvá-los desse terror?
Eu gosto muito da Meg Penny, principalmente como ela se transforma ao longo do filme. Mais tarde, a Shawnee Smith ficaria mais conhecida pelos fãs de terror como Amanda, de Jogos Mortais. Smith também trabalhou nas adaptações de A Dança da Morte (a primeira) e O Iluminado (a segunda), ambas do Mick Garris, então a gente sabe que sua carreira no terror foi proveitosa.
Donovan Leitch Jr., que faz o namorado de Meg e o segundo a fenecer pelas mãos da Bolha Assassina, esteve também em Assassinato no Colégio, de 1989, um slasher pouco lembrado dirigido por Rospo Pallenberg e também um dos primeiros destaques de Brad Pitt em longas-metragens. E, Kevin Dillon, irmão de Matt Dillon, que esteve em algumas produções de guerra e outras coisas bem obscuras mas, importante, esteve em um dos episódios de Contos da Cripta e de Creepshow — e esteve também em um filme que o título original é Vampires: out of blood e que foi trazido ao Brasil como Sangue do Lobo, que fiquei muito interessada em assistir por que é vampiro? é lobo? vamos descobrir.
Enfim, isso não tem nada a ver com os motivos de eu gostar do filme, mas tá aí parte da ficha do IMDb dos atores principais dessa obra especial que é A Bolha Assassina.
Se vocês quiserem um texto realmente profundo e interessante sobre A Bolha Assassina, eu recomendo o ensaio “Meteorites and the Hillbillies Who Poke Them", de Paula Haifley, que tá presente no livro Creepy Bitches: Essays On Horror From Women In Horror, organizado por Alyse Wax e Rebekah McKendry. A McKendry dirigiu o ótimo Glorious, de 2022, que foi comentado aqui neste blog pelo amigo Queops.
A minha última recomendação é que vocês leiam nossos textos e assistam os filmes que a gente recomenda, porque só tem coisa boa.
Comentários
Postar um comentário