#259 Office Killer (1997)

Para alguns, o home office é uma dádiva. Eu, por exemplo, amo trabalhar de casa. Parar pra pegar um cafézinho quentinho na minha própria cozinha, fazer um carinho na barriga da Sunna, minha cachorrinha, tomar um sol. Para outros, porém, trabalhar em casa força aos limites certas convivências e transforma tudo em um pesadelo.

Quando Dorine (Carol Kane), que tem trabalhado há anos em uma revista como copy editor é rebaixada de cargo, com seu horário de trabalho diminuído e enviada para trabalhar home office devido a cortes orçamentários na empresa, as coisas começam a desandar em sua vida. Introvertida, logo descobrimos que Dorine leva uma vida de merda morando com a mãe. Sua vida social basicamente é no escritório onde trabalha. Essa mudança de ares, forçando com que ela viva dentro de casa, sem ter para onde correr, logo faz com que Dorine anseie a companhia de outras pessoas.

Então, quando vai até a casa de um colega de trabalho ajudá-lo com seu computador, e descobre que ele morreu eletrocutado, Dorine tem uma ideia. E se ela reunisse alguns “amigos” no seu porão, para que o trabalho não seja tão monótono?

E é aí que a matança de Dorine começa. Ela não quer ficar sozinha, então ela vai montar o seu próprio escritório.

Office Killer — que saiu como Mente Paranoica aqui no Brasil — é um filme de 1997, dirigido por Cindy Sherman, e que infelizmente não tem o reconhecimento que merece. Além de Carol Kane, uma atriz talentosíssima que esteve em clássicos como Mafu Cage, Quando um Estranho Chama e A Família Addams, o filme ainda conta com Molly Ringwald, a eterna garota de rosa-shocking do clube dos cinco (mas que, pra mim, ficou eternizada como Fannie Goldsmith na primeira versão de Dança da Morte, dirigida pelo Mick Garris), e Jeanne Tripplehorn.

Este é o único longa de Sherman, que tem uma carreira mais frequente na indústria da arte e fotografia, mas é um filme divertido e bem produzido, com um bom roteiro que leva a críticas interessantes sobre a forma como empresas gerenciam seus funcionários, e uma daquelas obras que é menos lembrada do que deveria mas que garante bons momentos. Além disso, Carol Kane brilha no papel principal, como de costume.  


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