Amando de Ossorio e seus templários cadavéricos cegos estão de volta no terceiro filme da quadrilogia. Terceiro e mais insosso até agora. Praticamente um sonífero para mim, que sofro de insônia crônica. Nele, duas modelos Kathy (Blanca Estrada) e Lorena Kay (Margarita Merino) são deixadas em alto mar pelo ricaço Howard Tucker (Jack Taylor) numa lancha para servir como isca de um golpe publicitário. Elas estão vestidas com trajes de banho e a ideia é que a lancha parecesse estar encalhada chamando atenção, assim, de outras embarcações e da mídia. Enquanto isso, Noemi (Barbara Rey), colega de apartamento de Kathy está preocupada com seu sumiço. Ela vai na agencia de modelos questionar se Lillian (Maria Perchy) sabe de alguma coisa, a mulher desconversa, mas diante da insistência de Noemi, ela a leva até Tucker e então descobre o plano, mas quando decide contar para todos o tal golpe, ela é feita refém no galpão e estuprada pelo capanga do ricaço, Sergio (Manuel de Blas). Nesse interim, uma embarcação sinistra acompanhada de uma nevoa estranha e densa se aproxima da lancha das garotas, elas relatam tudo por radio ao dono e responsável pela trama golpista que promete enviar um helicóptero para salvá-las. A embarcação é um galeão antigo, caindo aos pedaços e uma delas desiste de esperar o socorro prometido por Tucker. Demora, mas os templários cegos aparecem, na mesma lentidão de sempre, dessa vez voltando à forma esquelética e sem seus velhos companheiros, os cavalos. Tucker, Lillian, Noemi e Sergio decidem eles mesmos irem pessoalmente resgatar as moças, eles conseguem a ajuda do professor Gruber (Carlos Lemos), que mesmo sendo um cientista e cético, explica sobre os malditos cavaleiros templários e um tal navio que existe em outra dimensão. Ele acredita que as modelos foram vitimas dessa maldição e estão agora desaparecidas em outra dimensão.
O Galeão Fantasma ou El Buque Maldito ou The Ghost Galleon ou The Blind Dead 3 ou Horror of the Zombies ou Ship of Zombies ou...er...acabou...foi lançado em 1974 e assim como no segundo, a única coisa que os conectam são os zumbis cegos. Todos os filmes foram escritos por Ossorio, mas especialmente neste, a coisa parece ter ficado meio preguiçosa. A trama que liga tudo é desinteressante, os zumbis demoram mais de meia hora para aparecer e todo o resto é meio desconectado. Entretanto, nem tudo é de todo ruim no filme, salvam-se o figurino, a caracterização do navio, dos templários, o inicio assustador quando mostra um crânio com chifres e o final. Ah, o final!! Pena que não dura nem três minutos. Até as mortes são insossas e as duas primeiras nem aparece em tela, se bem que tem uma morte que achei super injusta e é a mais punk do filme.
Tudo acontece como nos dois filmes anteriores, começa a tocar uma musica assustadora, os esqueletos começam a se levantar dos caixotes de madeira e passam a se mover lentamente dentro do navio em busca de suas vítimas. Diálogos e mais diálogos que acabam não dizendo nada com nada no final, afinal, já nos foi explicada toda a histórias dos templários nos dois filmes anteriores. Ah, ok, isso eu tenho que dar o braço a torcer, as formas diversas em que a mesma origem é contada. Ponto para Ossorio.
Embora todo o conceito de um navio antigo fantasma que vem de outra dimensão carregado de zumbis cegos comedores de carne e sangue seja promissor, aqui foi bem mal aproveitado. Mesmo assim, reitero a experiência que está sendo desbravar essa quadrilogia e foi bem divertido assistir a este e interagir junto com os personagens, torna tudo menos sofrível. Já estou ansiosa para o próximo que dizem ser muito bom.
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