Um sucessinho entre os fãs de terror das mídias americanas, "Ecos do Além" reverberou pouco aqui em terras brasileiras, o que é uma pena. O título original "Cobweb" (teia de aranha) faz muito mais sentido com a trama e a torna mais séria, como deve ser levada, do que essa cacofonia de batida de porta. Como sempre, as traduções de títulos possuem uma tradição de muitas vezes avacalharem o valor que se encontra no original.
No filme, Peter (Woody Norman) é uma criança que não tem amigos no colégio. Na verdade, ele sofre bullying todos os dias e só a professora é quem resolve colocá-lo sob suas asas. Em casa, a dinâmica é estranha. Seus pais Carol (Lizzy Caplan) e Mark (Antony Starr), de início, parecem tratá-lo com muito cuidado e amor. Uma noite, Peter ouve batidas saindo das paredes de seu quarto. Os pais, claro, verificam e não tem nada lá. As próximas noites se passam com a mesma rotina até que em dado momento ele ouve uma voz de criança que deseja ajudá-lo a parar de sofrer bullying. Ele segue passo a passo o que lhe foi ensinado, mas o tiro sai pela culatra e ele fere feio um de seus agressores acabando por faze-lo ser expulso do colégio.
Aí que o jogo vira. Seus pais agem de forma bastante agressiva e ele descobre que, esse tempo todo, havia uma porta secreta atrás da geladeira que dava para um porão, também secreto, onde ele é jogado lá dentro por Mark como castigo. A partir daqui, a voz começa a dizer que os pais de Peter são seus inimigos, que só querem o mal dele e que ele deveria tomar alguma iniciativa...
Contar além disso seria estragar o plot do filme! Com atuações excepcionais de Lizzy Caplan como uma mãe de olhar frio e Antony Starr que continua assustando como se ele ainda fosse o personagem Homelander da série The Boys, o filme tem a oferecer bastante clima de perturbação e trás um final que, a mim, agradou pois não é completo de respostas, deixando quem assiste procurá-las ou, simplesmente, aceitar que é assim e ponto. Vários críticos de jornais mal disseram o final justamente por isso, mas quem são eles pra estragar o aproveitamento pessoal de cada um, não é mesmo?
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