#310 Enterrado Vivo (1989)

Já vou começar o texto dizendo que não era sobre esse filme que queria falar, fui enganada graças ao titulo igual, só que, mesmo enganada, encarei a bomba que acabou se mostrando nem ser tão bomba assim. No elenco, nomes como Robert Vaughn, John Carradine, Donald Pleasence, Nia Long e Arnold Vosloo tornaram a experiência de assistir atrativa. Atrativa também vai se tornando a trama que, mesmo dizendo ser baseada em conto de Edgar Allan Poe, a obra original passou bem distante, a não ser pela coincidência do assassino enterrar suas vitimas ainda vivas. Ou pela presença curiosa de um gato preto que parece achar tudo ali meio chato. Ou até pelo nome do internato das garotas que se chama Raven’s Croft.

A trama...vamos à trama. É noite no internato de garotas problemáticas, elas dormem, mas uma está armando sua fuga sob a vigília de sua companheira Fingers (Nia Long). Quando a garota chega lá fora, uma pessoa usando máscara de Ronald Reagan a persegue e desfere vários golpes na garota até ela perder a consciência e ser levada para a tumba onde é emparedada por esse ser mascarado. Chega Janet (Karen Witter), uma jovem professora que assumirá seu cargo no instituto, sendo logo colocada à prova em suas primeiras horas de aula pela desafiadora e garota problema, Debbie (Ginger Lynn). Ela passa a ter visões e alucinações com formigas, várias delas e com paredes de tijolos que parecem se mexer. Em suas visões, tem sempre uma mão que ora lhe puxa o pé, ora lhe ataca o pescoço. É tudo misterioso, até seu romance com o diretor e dono do instituto, Gary Julian (Robert Vaughn), é um mistério, pois dá a entender que ela não está muito afim, ao contrário dele. No local ainda circula Pleasence que apenas foi nomeado como Dr., um homem meio alheio, sorrateiro e que está sempre com um pacote de doces. Sua história lá naquele lugar também é um mistério, mas pra gente, é só mais um na lista de possíveis assassinos. Por falar em assassinato, eles continuam acontecendo. Uma a uma as garotas vão desaparecendo, o que acaba causando estranhamento de Janet e de Fingers que pede para a professora investigar o que anda acontecendo. Só que suas investidas, acabam causando desgosto tanto em Dr. quanto em Gary.

O que dá a impressão no filme dirigido por Gérard Kikoine, é que é um amontoado de imagens aleatórias sem dar chances para desenvolvimento de personagens e nem clima para as mortes. Uma ou outra morte a gente solta um “essa foi cabulosa”, na verdade, pensando direitinho, na verdade uma só. Mas, como fã de terror tá pelo amor, pela curiosidade e pelas sensações, cheguei até o fim do filme e digo que seus 10 minutos finais vale a pena, mesmo que a revelação não cause grandes surpresas. Carradine, cujo nome meio que foi o chamariz para esta produção com o anuncio de que era seu último filme, já que morreu em 1988, quase nem aparece e quando aparece é um lance meio borrado.

No mais, é aquilo, né...tem sadismo, tem mortes, tem loucura, tem aquela velha história do “é fantasma ou coisa da minha cabeça?” e tem um elencão, vamos combinar. Mirei no Buried Alive de Darabont e acabei acertando nesse aqui. Tamo aqui pelo terror e pela farra. Até mais, quem sabe da próxima com o filme certo?






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