#317 A Casa que Pingava Sangue (1971)

 


A Casa que Pingava Sangue é um longa de 1971, dirigido por Peter Duffell e produzido pela Amicus. A Amicus Production existiu entre os anos 1962 e 1977 na Inglaterra. Pouco tempo de atuação, mas teve filmes ótimos como esse que escolhi escrever hoje. 

E já chamo a atenção para um detalhe: o filme é estrelado por três grandes astros do terror, Christopher Lee, Peter Cushing e Ingrid Pitt. Li que o Vincent Price também tinha sido convidado, mas por questões contratuais não pôde participar. Um dos roteiristas foi ninguém menos do que Robert Bloch, autor do romance que deu origem ao filme Psicose, do Hitchcok, uma das melhores coisas já feitas no cinema, em minha opinião. 


O filme traz quatro histórias a respeito de uma casa misteriosa no Reino Unido. Tudo começa com a chegada de um inspetor da Scotland Yard à cidadezinha, para investigar o desaparecimento de um ator famoso que havia se hospedado na tal casa. Cético, ao chegar lá ele precisa lidar com o misticismo dos moradores, que começam a contar histórias bizarras da casa. 

A primeira é sobre um escritor que se muda para lá para finalizar seu romance. Ele escreve terror, então o lugar tem a atmosfera que ele precisa para se inspirar. Um dia, trabalhando até tarde, ele acha ter visto em sua frente o vilão do livro que ele estava escrevendo. Aos poucos ele vai enlouquecendo e coloca a vida da esposa em risco. 

A segunda traz Peter Cushing lindíssimo como um aposentado, que aluga a casa para poder ler e ouvir seus discos em paz. Um dia, passeando pela cidade, ele entra em um museu de cera e fica fascinado por uma das esculturas. O dono do local conta que a fez inspirado em sua falecida esposa. Ele volta para a casa com uma estranha impressão e recebe a visita de um colega. Esse colega também vai ao museu e também fica fascinado pela escultura. 


Já na terceira história, Christopher Lee é um pai solteiro que se muda com sua filha para a casa. Ela tem uma criação bastante rígida. O pai não deixa que ela vá à escola e tenha contato com outas crianças. Uma professora particular é chamada para ensinar a menina e começa a ficar incomodada com o jeito frio do pai. Até que ela entende o que realmente está acontecendo ali. 

E para finalizar, a história do desaparecimento do ator. Ele estava atuando num filme de terror de baixo orçamento e bastante descontente com o estúdio. Ele decide ir a uma loja de antiguidades e procurar uma capa de vampiro que seja boa para o filme. Ele encontra uma por um preço muito baixo e ela carrega algum mistério muito real.

Apesar do nome, não temos nada de sanguinário no filme. E eu não consegui ver relação da casa com as histórias, talvez na primeira apenas. Acho que pouca gente conseguiu ter casas como personagens como a Shirley Jackson fez. Porém, as histórias e atuações são tão legais que nem tem problema. É uma bela antologia. 

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