Olá, queridos seguidores desse blog que me também é querido, principalmente pelas amizades que me proporcionou. Como já dito, estamos fazendo uma maratona de filmes tanto dentro da franquia Amityville como aquelas bizarrices inspiradas por ele e que, de um jeito ou de outro, funciona como que num universo paralelo. Se preparem para o que vem.
O ano era 1977 e o escritor Jay Anson lançou um livro chamado "Amityville" (DarkSide, 2016) que acabou vendendo bem, o que fez com que dois anos mais tarde fosse lançada sua adaptação para os Cinemas. Essa adaptação foi muito bem recebida pelo público, garantindo uma bilheteria de 86,4 milhões de dólares (somente nos EUA) para um filme que fora feito com 4,7 milhões de dólares. De acordo com a revista Forbes (2019), é um dos filmes de terror com maior bilheteria de todos os tempos até então.
Bom, a história começa com uma família formada por George Lutz e Kathy Lutz além de suas três crianças, Amy, Greg e Matt, indo se mudar para uma região campestre de Nova Iorque, Amityville, em um casarão imenso de frente para um lago. Eles nada sabiam que um ano antes os moradores desta casa foram brutalmente assassinados pelo pai da família utilizando um rifle.
O filme tem quase duas horas de duração e é tempo suficiente para ir construindo pouco a pouco a mudança na psique de George, suas alterações de comportamento (tornando-se bruto com sua esposa e filhos), isolando-se do restante dos outros, criando manias como ficar mexendo incessantemente na lareira, cortando pedaços de madeira, afiando o martelo (uma previsão do que vem por aí...). Seu cabelo cada vez mais bagunçado, sua barba por fazer, um rosto que vai se tornando acinzentado e sempre com uma camada incômoda de suor.
Ao mesmo tempo, a casa também vai apresentando algumas situações estranhas. A temperatura que insiste em ficar fria mesmo com o aquecedor ligado. A visita de um padre (à pedido de Kathy que é católica) que começa a benzer a casa e acaba encontrando um quarto inquietante que, parecendo brigar contra ele de maneira espiritual, o deixa fatigado, ao mesmo tempo que um enxame de moscas surge na janela, a atravessa e ataca seu rosto (uma referência ao demônio/deus das moscas Belzebu?).
Por fim, vale ressaltar que uma das crianças, Amy, começa a ter conversas com um amigo... imaginário. O nome dele é Jody e não gosta muito da presença de outras pessoas. Pior, ela possui uma boneca que quem é fã da franquia "Invocação do Mal", ou de coisas sobrenaturais em geral vai reconhecer como a Annabelle. A Annabelle do filme? Não mesmo. Ela, literalmente, tem a aparência da boneca original! Vale notar que o casal de picaretas (ah, me desculpem, mas são sim) foram um dos primeiros a investigarem o caso Amityville. Isso aparece, inclusive, em "Invocação do Mal 2", bem no início. Eu falei que o livro de Jay Anson foi baseado numa "história real"? O pai, assassino da família original, Ronald DeFeo Jr. morreu na prisão 2021.
Espero que tudo isso seja uma forma de fazê-los assistir o filme pois, de fato, é bem interessante! Ponto positivo? Conseguiu me cativar com o roteiro bem estruturado e o foco mais na situação dos personagens do que se entregar a jumpscares baratos.
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