Olá, como estão todos?
Estou devendo este texto há uma semana, mas finalmente veio aí. Comecei minha maratona Amityville junto a meus amigos na semana passada, mas fui atropelada pela vida. Então, agora que tudo está mais calmo, aqui estamos.
Vou começar falando sobre Amityville 2: A Possessão, e já vou começar dizendo que o filme não é tão ruim, ok. É uma sequência muito honesta pro primeiro filme. Na história, uma nova família, os Montelli, se muda para a casa da Ocean Avenue número 112. Logo de cara, assim que eles chegam, a gente já não vai muito com a cara do patriarca, Anthony — interpretado pelo Burt Young, mais conhecido por seu papel na franquia Rocky como Paulie, o amigo dramático do Rocky e, posteriormente, seu cunhado. A impressão que fica é que Anthony é aquele cara durão, aquele pai chato que não quer que sua família viva sem ele e que apenas ele sabe o que é certo e o que é errado.
Seja por influência da casa ou não, porque já pressentimos que os Montelli vivem cheios de tensões, as coisas começam a piorar na vida de todos ali. Anthony passa a ser ainda pior pai e marido; Delores (Rutanya Alda), a mãe, começa a ficar cada vez mais preocupada e vai procurar forças na igreja; e, ao mesmo tempo, os dois filhos mais velhos do casal, Sonny (Jack Magner) e Patricia (Diane Franklin), passam a ter uma relação incestuosa — Sonny, a essa altura, já está possuído pelo terror que cerca a casinha na Ocean Avenue.
"Ah, Jéssica, mas e o padre?" Bom, o padre, dessa vez padre Adamsky (James Olson), sinceramente não serve de muita coisa até o final do filme, seja pra confortar a família ou fazer alguma coisa à entidade da casa.
Eu achei interessante terem mudado o foco do pai para o irmão mais velho nessa sequência, e a construção feita para isso. Desde a primeira cena que Sonny aparece, fica claro que Anthony trata o filho como inferior e que não o acha digno, podando ele e cantando de único galo do galinheiro. As atitudes de Anthony, antes da família chegar à casa, já parecem bastante violentas (psicologicamente) em relação aos seus filhos e sua esposa.
E aí, né, Sonny é possuído por essa entidade maligna e o pau quebra. Diferente do filme anterior, em que George Lutz não chega às vias de fato, Sonny assassina sua família, e nós acompanhamos o julgamento dele. Agora, um parêntese muito interessante sobre esse filme: Amityville é um dos casos mais famosos em que os Warren atuaram. O primeiro filme, de 1979, não chega a mencioná-los (pelo que eu me lembre), mas esse aqui dá um pequeno aceno ao casal paranormal quando, durante o julgamento, o advogado usa a defesa do "devil made him do it", usada pela primeira vez nos Estados Unidos, em corte, no julgamento de Arne Cheyenne Johnson, outro caso famoso dos Warren e que se tornou o filme Invocação do Mal 3.
Amityville 2: A Possessão, foi dirigido por Damiano Damiani, com roteiro de Tommy Lee Wallace (sim?), baseado no livro de Hans Holzer, Murder in Amityville. Eu sugeriria um double feature com o primeiro, acho que vale muito a pena. E, para os fãs dos efeitos práticos, há uma cena já mais para o final que é incrível. O departamento de maquiagem, pelo visto, foi chefiado por Joe Cuervo (que, entre outras coisas, tem trabalhado em Vila Sésamo, o que deixa tudo nesse filme melhor).
Fiquem de olho que a qualquer momento teremos mais atualizações dessa maratona (leia isso em tom de promessa ou de ameaça, você decide).
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