#16 Réveillon Maldito (1980)

 

É réveillon de 1980 e a grande diva rock Diane "Blaze" Sullivan (Roz Kelly) está apresentando mais um de seus especiais, ao vivo, para comemorar a grande virada. O programa consiste em bandas tocando ao vivo, uma plateia que se diverte em ficar fazendo rodinha de porrada e momentos em que Diane atende ligações dos espectadores! Tudo correria muito bem se não fosse por um serial killer atacando nos Estados Unidos.

O filme já nos revela de cara quem é o assassino falando ao telefone. Como os EUA são formados por muitos fuso horários (cerca de 11 em todos os territórios dominados pelo país), ele promete que a cada vez que der meia-noite em determinada região, uma mulher será morta! E, claro, ele passará a noite inteira ligando para o programa não só para indicar onde ocorreu a última morte como para mostrar que ele não está brincando. Terá uma próxima vítima. O programa se encontra em Los Angeles e o assassino promete que quando chegar meia-noite por lá, Diane será sua vítima.

Com um roteiro bastante promissor dentro dos filmes B, é assim que começa Réveillon Maldito (aka New Year's EVIL hahahaha) com cenas de morte, shows com bandas bem medianas e uma polícia nada eficiente que está a par de tudo para ajudar a diva Blaze em encontrar o assassino.

Pra início de tudo, o filme é produzido pela grande produtora Cannon, responsável por muitos clássicos de ação e que teve duas décadas de vida. O investimento não seria muito alto... Mas como tudo o que a Cannon fez, é divertido! Você percebe que até os figurantes estão animados dançando e fingindo fazerem moshes na plateia (que não é nem muito grande).

Alguns pontos altos dele são não só a revelação do vilão como também o fato de que vemos ele em ação. Usando um bigode falso, ele entra em um restaurante que está acontecendo uma festa e acaba seduzindo uma das mulheres que se encontravam por lá. Em outro momento, ele invade um hospital usando uniforme de enfermeiro e, claro, seduz uma enfermeira loirona toda produzida e padrão. Ele é muito charmoso, não é mesmo? Além disso, nem vamos falar na rapidez que ele atravessa estados com o espaço de uma hora entre um e outro para realizar seus feitos.

Existem outros personagens peculiares no filme, como o filho de Diane, que parece possuir uma relação psicológica bem estranha com sua mãe, quase que querendo ser ela... Um amor que vai além do de mãe e filho. E, então, ele começa a passear pelos bastidores usando uma meia-calça dela no rosto e carregando uma faca, num daqueles momentos em que você pensa "será que ele é o verdadeiro assassino?".


O filme não é perfeito, o roteiro tem muitas falhas e ele não poderia ser dito como uma grande preciosidade do cinema de horror, mas ele garante diversão. Um ótimo passatempo para aqueles dias que nada de bom parece existir pra se ver.



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