Eu não sou uma pessoa fã de festas de final de ano, acho o clima muito estranho. Porém, eu amo decoração de Natal. Aqui em São Paulo os ônibus são enfeitados com umas luzes neon e eu acho tudo maravilhoso. Mais do que isso, eu sou fascinada por filmes de terror natalinos. E claro que para essa semana eu escolhi falar do meu preferido: Noite do Terror, Black Christmas no original, de 1974.
Noite do Terror é considerado um dos melhores slashers da história e eu concordo. Ele se tornou cult ao longo dos anos e traz a argentina Olivia Hussey no papel de Jess. Em 1968 ela havia trabalhado em Romeu e Julieta, e é bem bacana percebermos a versatilidade dela como atriz. Apesar de ser considerada uma scream queen, ela diz não gostar de filmes de terror por medo.
A trama do filme se passa na véspera de Natal, numa fraternidade de garotas. Elas fazem uma festinha de fim de ano, e aos poucos começam a se arrumar para visitar as respectivas famílias. Só que algo muito estranho vem acontecendo ali. Elas recebem ligações estranhas de um cara sussurando, falando baixaria ou até mesmo gritando.
Só que a coisa não para por aí: começam as mortes. Primeiro uma das garotas é morta em seu quarto enquanto arrumava as malas. Só dão pela falta dela quando ela não aparece para encontrar seu pai no dia seguinte. Além disso, outra garota havia sido estuprada na cidade e mais uma estava desaparecida. A polícia demora a ter noção da gravidade dos eventos.
As outras garotas da casa se juntam ao pai da colega que até então achavam estar desaparecida. Exigem medidas da polícia, que grampeia o telefone da casa e passa a vigiar, sem muito sucesso. As ligações continuam, assim como os desaparecimentos/mortes. A época que devia ser tranquila e de celebração se torna um caos.
Aqui um pouco de spoiler. Em meio a isso tudo Jess lida com um elemento surpresa em seu relacionamento: ela está grávida. O namorado a pede em casamento, diz para terem o bebê, mas ela está decidida que não. Ele se torna então bastante violento e culpa a namorada pelo seu fracasso no recital de piano. Ela tenta se manter calma e lidar com essa situação, enquanto observa o terror que se instaura em sua casa.
O filme se enquadra como um slasher, mas acredito que ele também seja um terror psicológico. As cenas das mortes não são explícitas, não tem tanto sangue e é tudo na base da sugestão. O verdadeiro terror está naquelas ligações, no desespero que as mulheres sentem quando atendem ao telefone.
Quem lê esse blog deve ser fã de terror e encontrar conforto nesse tipo de filme. Eu gosto de sempre rever Black Christmas nessa época, já o revi em noite de Natal, em manhã do dia 25. Pena que no Brasil seja verão e o clima não esteja ainda mais propício.
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