Texto escrito por Daniela Hänggi
A primeira aparição do velocipastor é um daqueles momentos que vai passar no filme da minha vida no meu leito de morte. Eu juro, dá pra ver a emoção nos olhinhos daquele monstrengo de baixíssimo orçamento. E o desenrolar não fica pra trás, temos tudo que um grande filme precisa pra nos prender a cada segundo: romance, um vilão inesperado, histórias complexas dos personagens secundários, um (respirem fundo) EXORCISMO, braços e cabeças arrancados, sangue espirrando, pele pendurada, gente explodindo e nenhum medo de mostrar tudo e não esconder nada… basicamente, aquilo que nos tira pelo menos um sorrisinho de satisfação.
Particularmente, gosto muito da citação de que dinossauros nunca existiram, a cena toda é magistralmente construída pra nos tirar uma gaitada seguida de uma reflexão, e a cena da transformação com certeza é um daqueles momentos de ouro do cinema.
Apesar de ser de poucos anos atrás, tem aquele clima de filme dos anos 80 que passava na sessão da tarde nos anos 90 (tempos loucos e sem muito filtro), aquela combinação perfeita pra um balde de pipoca e muito refri. O gore vem na medida certa pra causar aquela soltadinha em um punhado de pipoca mas não o abandono completo da vasilha. Pro meu gosto pessoal, alguns jump scares viriam a calhar, mas nada que prejudique a experiência incrível que é ver um dinossauro saindo no soco com ninjas.
Como poderia ser um filme melhor? Talvez se o velocipastor cavalgasse um tubarão no espaço, mas espero ter a chance dessa pauta em algum outro momento. Deixo aqui minhas sangrentas despedidas e um grande e surpreso agradecimento pelo convite.
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