Meu primeiro contato com a lenda de Godzilla foi através do filme que chamo carinhosamente de "O Godzilla do Jamiroquai". Vi quando era criança e devo rever em breve para escrever aqui. Já me adiantaram que o filme é uma bomba, mas estamos aqui para isso, não é mesmo? Alguns (muitos) anos depois, teve uma mostra sobre Monstros aqui no CCBB de SP e tive a oportunidade de assistir ao Godzilla original, de 1954.
Como o Queops disse (se você não leu o post de ontem dele, recomendo que pare e vá lá primeiro), Godzilla é um filme triste para caralho. Pensemos na época em que foi lançado, poucos anos depois de Hiroshima e Nagasaki, a sociedade japonesa ainda lidava com as consequências do desastre. Aí surge um filme em que testes de bombas despertam um ser jurássico que estava debaixo do mar.
Esse ser, tomado pela radiação, vai para a superfície e destrói outra cidade japonesa, dessa vez, Tóquio. Godzilla não tem culpa alguma do que ocorreu, apenas o ser humano, como sempre na história mundial. Como meu colega indicou no texto de ontem, há uma fala do filme de 54 que dá a ideia de que haja mais seres como Godzilla no oceano. Aproveitando o sucesso de bilheteria, logo foi feito o longa Godzilla Contra-Atraca. Como era esperado, não um, mas dois seres surgem na superfície e ameaçam a paz do país.
Eu tive muitos sentimentos contrastantes com esse filme. Pessoas inocentes morreram diante do caos causado pelos monstros, mas novamente, os monstros não possuem culpa alguma. Os efeitos especiais beiram o risível vendo agora no ano de 2023, mas imagine o impacto dessas imagens naquela época, ainda mais com todo o histórico. Há também um romance no meio do enredo, algo sem pé nem cabeça, mas que me arrancou algumas lágrimas.
Conversando com meus amigos aqui do blog, perguntei se toda hora vai aparecer um monstrão novo e vai ter luta e afins. Basicamente sim. Essa franquia é longa e cheia de desdobramentos (e a gente deve falar de todos aqui), já me mostraram algumas imagens dos próximos e fiquei sem reação tamanha a bizarrice. Mas como não ficar triste pensando na origem disso tudo? Talvez eu seja um tanto sentimental, mas acho que ainda terei muitas emoções até o fim desse especial.
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