#93 Mothra vs Godzilla (1964)

Quando começamos a separar os filmes para esse especial eu enchi o saco de todo mundo para ficar com os filmes da Mothra. Desde que a vi pela primeira vez eu sempre a achei uma diva lindíssima, mas ainda não tinha parado pra assistir nenhum dos filmes dela. Pois eu estava certa o tempo todo: a Mothra é uma diva. 

Mothra vs Godzilla, ou ainda Godzilla Contra a Ilha Sagrada, é o quarto filme da franquia do lagartão atômico. Dirigido por Ishirō Honda, com efeitos especiais de Eiji Tsuburaya, a ideia surgiu depois da popularidade alcançada pelo filme Mothra (1961) e por King Kong vs Godzilla (1962), sendo Mothra a segunda antagonista do bichão em sua franquia.

Logo de cara, o filme nos apresenta um tufão acontecendo em alto mar. Em resposta ao tufão, um estranho e gigantesco ovo aparece na praia de Nishi, em Shizunoura. O repórter  Ichiro Saki e sua fotógrafa Junko Nakanishi vão até o local para cobrir o acontecimento. Chegando lá, entretanto, se deparam com um embate entre o Professor Miura, que pretendia fazer testes com o ovo e descobrir sua procedência, e o empresário Kumayama, que afirma ter comprado o ovo e pretende explorá-lo como atração turística.

Mais tarde, no mesmo dia, o trio composto por Ichiro, Junko e Miura, descobre Kumayama se encontrando com aquele que lhe forneceu os meios necessários para a compra. O homem, chamado Jiro Torahata, pretende fazer um centro turístico ao redor do ovo, chamado Shizunoura Happy Center. Mas eles não contavam que o ovo já tinha dono. 

Duas mulheres bem pequenininhas, as sacerdotisas de Mothra, se encontram com Jiro e Kumayama e pedem que eles lhes devolvam o ovo. Sem ouvir o que as duas têm a dizer, eles tentam capturá-las, mas elas fogem. Então, elas procuram a ajuda do trio porreta. As duas contam a eles que são do povo da Ilha Infante, uma ilha onde se testavam bombas nucleares. Depois dos testes, a ilha se tornou um lugar desolado. O ovo, que pertence à Mothra, esteve enterrado no local por muitos anos, até ser carregado para o mar por causa de tufões e inundações.

Mesmo conversando novamente com os dois imbecis que dizem ser donos do ovo, o trio não conseguem persuadi-los a devolver o pertence de Mothra. E, é aquela coisa né, eles foram avisados. Se a Mothra fosse até lá e descesse o cacete neles, eu diria good for Mothra.

Veja bem, o que está em discussão nesse filme é a propriedade privada em cima DE UM OVO DE MONSTRO QUE QUEREM TRANSFORMAR EM ATRAÇÃO TURÍSTICA.

Sinceramente, ninguém aprendeu nada com Godzilla

E, por falar em Godzilla, nosso lagartão favorito aparece quando a água de um local é retirada. Godzilla surge, então, em toda sua majestade, claro, indo pro primeiro local cheio de prédios, pronto pra destruir o que estiver pela frente. E quem pode culpá-lo? 

Mas você deve estar se perguntando “mas por que o Godzilla contra a Mothra?”

Bom, a ideia era usar a Mothra para deter o Godzilla. Porque, sinceramente, o Godzilla sempre foi meio pocas ideia, e nada melhor que outro monstro gigante para parar o primeiro monstro gigante, né. Vocês que são monstros que se entendam. Nosso destemido trio se dirige até a Ilha Infante para pedir ajuda. Receosos de início, nossas duas protetoras do ovo de Mothra resolvem pedir ajuda à borboleta mágica gigantesca (Eu acho fascinante ser possível escrever essa frase, sabe).

E aí o que se segue é uma luta épica de rabada e voadora pra tudo que é lado.

Eu não pretendo contar o filme inteiro. O resultado desse embate vocês que chequem por si mesmos. Mas eu devo dizer que sou time Mothra — e seus filhotes, a quem eu apelidei de mothrinhas — sempre. 

Mothra vs Godzilla é um daqueles filmes meio malucos que você tem que abraçar a maluquice e seguir em frente. Eu, sinceramente, amei. Cinco estrelas no letterboxd (e coraçãozinho).

Zila sendo cercado pelas Mothrinhas

Junko Nakanishi, ícone dos trabalhadores







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