#108 Godzilla vs Mothra (1992)

Estou aqui hoje para falar novamente dela. Isso, dela mesma. A DEUSA MOTHRA.

Então, nos adentramos na segunda Era de Godzilla, a Era Heisei, há alguns dias, com o texto do Ale sobre O Retorno de Godzilla (1984). Desde então, os filmes de Godzilla adquiriram uma nova atmosfera, um pouco diferente daquela que a gente estava falando desde então.

Esse filme, Godzilla vs. Mothra, foi lançado em 1992 e dirigido por Takao Okawara. Era para ser um filme solo da maravilhosa, mas acabou unindo o nosso lagartão radioativo favorito pra dar um tchan especial.

No filme, que segue os acontecimentos de Godzilla vs. King Ghidorah, que é o anterior da franquia, um meteoro cai na região de Izu-Ogasawara Trench, uma fossa oceânica que fica no Pacífico, e acorda o Zilla. Algum tempo depois, o explorador Takuya Fujito é preso por roubar um artefato antigo, mas um cara representando o Primeiro Ministro se oferece para reduzir a pena dele, se ele partir em uma exploração especial — com sua ex-esposa, Masako Tezuka, com quem tem uma filha, e Kenji Ando, que trabalha para uma companhia sem caráter chamada Marutomo.

Beleza. Aí eles partem nessa expedição e chegam na Ilha Infante, lar das nossas queridas sacerdotisas da Mothra, que agora são chamadas Cosmos, e da nossa querida divindade borbolenística brilhante e divosa. Lá, os três acabam encontrando um ovo de Mothra (bem parecido com aquele que a gente já viu no filme de 1964), e se encontram com as nossas queridas sacerdotisas.

As Cosmos contam para o trio de Indiana Jones que Mothra teve uma contraparte maligna criada pela própria Terra, quando os cientistas tentaram criar um aparelho de controle do tempo (mais ou menos como a gente viu no filho do Zilla, de 1967), chamada Battra. Era um espécime masculino, que nasceu da Terra como forma de protegê-la desse aparelho. Battra destruiu civilização, aparelho e tudo que achava pela frente, e depois que tava bem coringa, a terra enviou a Mothra pra deter este bichão, que então foi derrotado pela nossa borboleta favorita.

E aí, né meu amigo, tava lá o ovo e tava lá um representante de uma empresa que gosta de lucrar. Quando a gente soma dois mais dois a resposta é quatro mesmo. O pessoal da Marutomo mandou buscar o ovo da Mothra. Como já vimos anteriormente, isso é uma péssima ideia. Mas as sacerdotisas caem no papinho de que a Marutomo quer proteger o ovo. Se elas tivessem assistido ao filme de 1964 nada disso teria acontecido.

A cara das Cosmos quando descobrem o plano maligno da Marutomo dizem muito

Enfim, o Godzilla aparece e as larvas, tanto da Mothra quanto do Battra, acordam. O que se segue é aquele rolê todo que a gente já conhece: todo mundo atacando todo mundo, uma bagunça, Godzilla jogando raio para tudo que é lado, as larvas fazendo aquele barulhão, todo mundo possuído pelo ritmo ragatanga.

Depois de conseguirem retornar ao Japão e descobrirem o verdadeiro plano de Ando e da Marutomo, todo mundo tá pressentindo o perigo e o caos quando começa um terremoto e adivinhem só se não é a larva da Mothra vindo resgatar as Cosmos. Mas as Cosmos, agora com Masako e Takuya, acabam dizendo que está tudo bem com elas. Para a Mothra ficar de boa e se comportar.

Larva de Mothra

Só que aí o Godzilla já chegou, e começa de novo uma luta entre a Mothra e o Battra, que veio em defesa da deusa borboleta, contra o Godzilla. Como a maior parte das estruturas dos filmes da franquia, se segue a grande batalha entre os três monstros gigantes, aquela coisa toda espalhafatosa, agora com Mothra e Battra já em sua forma imago. Dessa vez com muito glitter do jeito que a gente gosta ☆(• ε •)☆

Eu não canso de dizer que amo a Mothra, pra mim ela é uma diva. E conhecer Battra foi especial, porque ele também é um divo. A Era Heisei, sendo considerado uma nova saga e um tipo de reboot, meio que também dá um ar mais sóbrio pros filmes, menos engraçadinhos e agora mais com cara de produções dos anos 1980 e 1990 mesmo. Eu particularmente gosto mais do Zilla do final da Era Showa, mas entendo o apelo de tentar voltar pra um Godzilla brabo.

Eu queria um bichinho de pelúcia da Mothra, de coração. Perfeitinha.