#139 Grito de Horror (1981)

 


Eu gosto de filmes de lobisomem, mas não estão entre meus favoritos. Claro que amo os clássicos desde o da Universal e sempre tenho interesse em horror dos anos 80. A Jéssica me presenteou com o DVD de Grito de Horror e foi uma ótima surpresa, justamente por ter uma abordagem diferente do que costumo ver nos filmes do gênero. 

Karen White é uma repórter que começa a receber ligações estranhas de um psicopata. Mesmo correndo risco, ela decide encontrá-lo e entender melhor as intenções do homem. Claro que ela está com uma escuta, a polícia está a postos, mas sem que ela perceba, a comunicação é cortada e ela se vê sozinha no local de encontro. 


Local esse nada agradável, uma cabine de filmes pornográficos numa loja especializada. No confronto, ele tenta atacá-la, mas a polícia chega a tempo de impedir uma tragédia. O homem é abatido com tiros e a repórter se encontra traumatizada, sem lembrar direito o que aconteceu. 

Karen passa então a ter pesadelos, e não consegue se relacionar direito com seu parceiro. Seu terapeuta sugere que ela vá para uma espécie de colônia para repousar. Claro que todo mundo ali é estranho e tem alguma coisa bizarra acontecendo. 

Enquanto ela e o marido estão nessa colônia, os colegas de trabalho de Karen continuam a investigação e descobrem que o corpo do psicopata não está mais no necrotério. Por mais surreal que pareça, eles se veem diante de um caso de licantropia e precisam ajudar a amiga. 


Dirigido por Joe Dante, o mesmo de Gremlins, esse longa tem uma camada além do horror. Karen White foi vítima de violência e está traumatizada. Ela deveria ter sido amparada durante a investigação, mas falharam com ela. O marido também falha miseravelmente quando começa com certo drama quando ela diz não estar pronta para ter relações sexuais. O terapeuta falha ao enviá-la para um lugar que é um campo minado de licantropia. 

Ela é uma final girl que não se dá tão bem, mas que controla a sua narrativa, pelo menos nos últimos momentos.  

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