Começamos ontem o nosso especial de abril. Durante o mês falaremos apenas de filmes de terror dirigidos por mulheres. A Jéssica deu início ao projeto com um filme sensacional. Não posso dizer o mesmo de mim.
A Maldição de Carrie, filme da Katt Shea, é um daqueles que funcionava bem melhor na minha memória. Carrie foi o primeiro livro do Stephen King que li, que me fez ser fã dele e de livros de terror. O filme com a Sissy Spacek é um dos meus preferidos da vida e já perdi as contas de quantas vezes o assisti. Agora isso aqui...
Vamos lá. Rachel Lang é a jovem esquisita do colégio. Sua mãe está internada numa clínica psiquiátrica desde que ela era criança. Ela vive com pais adotivos, com os quais não se dá muito bem. Na escola tem apenas uma amiga, também esquisita. A vida segue normal, dentro do que é possível do bullying clássico estadunidense.
Os adoráveis jovens desse colégio possuem um caderno de "pontos" para cada menina que eles ficam. A amiga de Rachel perdeu a virgindade com um deles recentemente, e logo descobre estar nesse caderno. Ela acaba se jogando de um prédio alto da escola. Os caras claramente se juntam para acobertar o amigo. Rachel é a única que fala com a polícia e com a diretora da escola a respeito. A diretora essa, que vem a ver a Sue Snell, interpretada por Amy Irving, que atuou no Carrie original. Ela é a única personagem do primeiro que aparece aqui.
Sue Snell, por experiência própria, começa a notar algumas coisas estranhas em Rachel, como a sua habilidade de mover objetos com a força da mente. Ela vai atrás da mãe da jovem para tentar entender desde quando isso acontece. Rachel não quer ajuda, ela está namorando um dos caras legais e agora parece que está tudo bem.
Só que claramente não está. Primeiro que os amigos do cara não vão deixar ele namorar uma esquisita, ainda mais a esquisita amiga da moça que quase arruinou a vida do camarada (não arruinou pois homem e rico). Como todo bom clichê, o namorado realmente gosta dela, quer estar com ela e não compactua com os amigos. Mas claro que ele esteve bastante tempo colocando moças naquele caderno.
Além do filme ser ruim, o que não é um problema para mim, vocês sabem, a coisa aqui é ridícula demais. A moça esquisita que se veste de preto, na primeira oportunidade está trocando juras de amor com o cara amigo dos lixos. Ela passa a usar roupas claras, curtas e apertadas. Acaba de tornando amiga das moças populares. E essa virada toda é muito rápida, dias depois da morte da melhor amiga.
O argumento que liga esse filme ao original também é bem brega, a mãe dela é uma personagem deslocada e o enredo é sofrível. Pelo menos mostra como funciona a vida do jovem branco rico, que nunca será culpado por nada.
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