Eu vou começar esse texto aqui sem lenga-lenga já partindo direto ao ponto: eu adoro esse filme e acho ele o reflexo (com o perdão do trocadilho) da injustiça. Entrem no carro do 365 filmes de horror e vamos para mais um dia, mais um filme — e, nesse especial de abril —, mais uma diretora que não teve a chance que merecia.
Reflexo do Demônio — ou Mirror Mirror, como eu prefiro — é um filme de 1990, dirigido por Marina Sargenti e escrito por ela, assim como por Annette Cascone, Gina Cascone e Yuri Zeltser. Annette e Gina trabalharam novamente em Mirror Mirror 2 e Mirror Mirror 4, assim como na série de TV Deadtime Stories. Yuri teve alguns outros títulos no seu currículo, mas nenhum muito memorável. Já nossa amiga Marina sumiu depois de dirigir um episódio de Xena, a Princesa Guerreira, em 1997.
Preciso dizer que Mirror Mirror não deve nada a Beetlejuice, inclusive em relação a representatividade gótica, porque a Rainbow Harvest, que faz o papel de Megan, é tão gótica quanto (e tão parecida com) a Winona Ryder quanto alguém poderia ser. Os efeitos são bons, a história é bacana e o elenco — composto de Karen Black, que foi uma das musas do terror dos anos 1970, estrelando em Trilogia de Terror, e Yvonne de Carlo, ninguém menos que Lily Munster de Os Monstros dos anos 1960 — é ótimo.
Infelizmente, Mirror Mirror é um daqueles filmes que a gente nunca ouve falar. Até achar ele para assistir foi um saco. Eu coloquei metade da internet atrás dele pra mim — foi a Michelle quem me passou, aliás (e acho que ele tá no youtube). Eu super indicaria uma maratona adolescente juventude transviada e completamente desajustada com o já citado Beetlejuice e Jovens Bruxas, que, pra mim, formam uma trindade excelente: jovens que não se encaixa e encontram no sobrenatural uma ajuda para lidar com a adolescência e logo percebem que o preço é alto demais.
Se você gosta desse tipo de história, gosta de Carrie, gosta de filmes de adolescentes que te lembram sua própria adolescência (meu caso, mas nunca me envolvi com o sobrenatural, apesar de ter tentado), então essa dica é pra você. Dê uma chance para Mirror Mirror, e acho que você não vai se arrepender. E aproveite para ouvir o programa que a Mi e eu gravamos sobre o filme no finado (que descanse em paz) The Witching Hour, clicando aqui.
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