O que dizer de Mary Lambert? Nem eu sei direito, mas vou tentar porque me propus a escrever esse texto. Ela começou a carreira nos anos 80 dirigindo videoclips de gente como a Madonna, apenas. São da direção delas os vídeos de Like a Prayer, Like a Virgin, La Isla Bonita e Material Girl, para citar alguns exemplos. Aí ela foi lá e fez aquele que considero um dos melhores filmes do terror: Cemitério Maldito, que já foi resenhado aqui pelo Queops.
O que aconteceu depois disso? Acho que só ela e deus sabem. A Jéssica falou de outra pérola dela, O Sótão, que é facilmente um dos piores filmes que eu já vi na minha vida. Aí para fechar minha parte aqui do especial de diretoras eu fiz o que? Isso mesmo, mais Mary Lambert pós-anos 80.
O primeiro Lenda Urbana saiu em 1998 e eu lembro de ter adorado. No elenco tinha gente como Jared Leto, Joshua Jackson, Danielle Harris e Robert Englund. Não revi, então fico devendo meu comentário se ele envelheceu bem ou não. Teve um segundo Lenda Urbana, que eu não faço a mínima ideia se vi. Aí quando li que o terceiro tinha direção da Mary Lambert, apenas fui. Antes de tudo, eu só queria dizer que esse aqui é uma obra-prima perto de O Sótão.
Se O Sótão tinha a Alexandra Daddario, aqui temos Kate Mara com zero carisma. Ela e mais duas amigas estão numa festinha de pijama contando histórias do passado. Uma delas conta a história de uma moça nos anos 60, que ao perceber as más intenções de uns caras no baile de formatura, tentou fugir. Apanhou de um deles e desmaiou. Ele achou que ela estava morta e a trancou num baú no porão da escola.
(Aqui a gente finge que está tudo bem ninguém sentir cheiro nenhum, nem ter mexido naquele baú por mais de 30 anos).
As três tiveram a brilhante ideia de falar "Bloody Mary" três vezes, mas não na frente do espelho. Deu merda de qualquer forma. Aqui um parênteses: a Kate Mara interpreta uma aluna que cuida do jornal da escola. Ela havia feito uma matéria zuando os caras atletas-abusadores-brancos-otários.
Na manhã pós-festinha do pijama as três sumiram da casa. Elas aparecem algum tempo depois, foram drogadas e deixadas num galpão afastado. Os caras da matéria do jornal tinham dedo nessa patifaria, fizeram como um modo de vingança. Só que as coisas começam a complicar quando cada um deles começa a aparecer morto.
Aí a coisa desanda. As pessoas começam a achar que ela é responsável pelas mortes, enquanto começa a ter visões estranhas dessa moça do passado. Gente, o filme é horroroso demais. O primeiro Lenda Urbana tinha aquela pegada de slasher, esse aqui tenta ser um pouco de terror japonês, como O Chamado e O Grito, mas ficou tudo ruim.
E por que você está falando de um filme ruim, Michelle? Porque a gente que gosta de terror tem que assistir um monte de bomba até chegar a um filme bom. E esse aqui, por pior que seja, não me ofende como um rape revenge da vida. Então eu posso apenas assistir e ficar inconformada com as péssimas atuações, efeitos toscos e enredo que não faz sentido algum.
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