Precisava de mais uma adaptação da obra de John W. Campbell Jr.? Não, mas já chegamos até aqui, então vamos lá. No final de 2011 eu fiz uma maratona com as três adapatações, e me lembro de ter curtido essa dirigida por Matthijs van Heijningen Jr.. Na revisão gostei, mas quanto mais eu penso nele, mais vejo problemas.
Acho que esse texto terá alguns spoilers...
A primeira cena da adaptação do John Carpenter traz um cachorro correndo na neve, e um helicóptero norueguês o perseguindo, certo? Essa versão de 2011 se propõe a explicar o que houve naquela base norueguesa, e como as coisas escalaram para o que vimos no filme com Kurt Russell.
Um ponto positivo dessa versão é que temos uma protagonista mulher. Claro que ela sofre com o machismo dos colegas, principalmente do pesquisador que lidera a expedição. Kate Lloyd (interpretada por Mary Elizabeth Winstead) é uma paleontóloga especializada em seres encontrados em blocos de gelo. Quando há uma descoberta intrigante na Antártida, ela é chamada para ajudar.
Assim como nos outros dois filmes, um enorme disco voador é encontrado no gelo. Especula-se que ele esteja ali há muitos e muitos anos. Perto da superfície, é encontrado um ser, que parecia tentar escapar, mas ficou aprisionado pelo frio. Os cientistas retiram aquele bloco e levam o ser para a base.
Kate tenta alertar a todos do perigo de mexer com aquilo sem as devidas precauções (coisas básicas como contaminação, afinal não fazem ideia do que seja aquilo), é ignorada e ainda leva sermão do pesquisador-chefe. Tiram uma amostra do tecido do ser e descobrem não se tratar de algo conhecido.
Ela também nota um padrão estranho nas células, elas "imitam" o hospedeiro, fazendo cópias perfeitas daqueles que atacam (mesma coisa do filme de 82). Aqui as cenas das cópias são bem mais violentas e explícitas, mas o enredo em si é enfadonho. Sem contar que a Winstead tem o carisma de uma manga murcha.
Essa versão é bastante desnecessária. Ganha pontos por querer mostrar os eventos que levaram aos acontecimentos do filme do Carpenter, porém é apenas uma repetição mal feita e sem graça.
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