Aproveitando que fiz a resenha de Cloverfield - Monstro, decidi escrever também sobre sua ótima semi continuação de 2016. O roteiro do filme foi adquirido pela produtora do J.J. Abrams, Bad Robot, e foi reescrito em algumas partes para que encaixasse dentro do mesmo universo do anterior, ainda que várias situações deixem o expectador confuso.
No filme de 2008, Nova Iorque é praticamente dada como destruída por culpa do monstro que a ataca. Neste filme temos Michelle (Mary Elizabeth Winstead) que está no carro tendo uma briga pelo celular com seu parceiro quando ela sofre um acidente tendo seu carro jogado para fora da pista. Supõe-se pelo o que é ouvido na rádio que algum apagão está acontecendo "no sul". Quando ela acorda está acorrentada à uma parede de uma sala sem nada, blocos de tijolo cinzento como se fosse uma cela de prisão. Logo surge Howard (John Goodman) que se apresenta como uma figura muito autoritária e assustadora.
Aos poucos ele explica que ele a salvou e a trouxe para seu bunker e que o mundo lá fora não é mais o mesmo, tendo sido dizimado por algum tipo de guerra nuclear. O ar causa a morte e eles precisarão ficar ali por anos. Mas será verdade? Outra pessoa também se encontra junto deles, Emmett, que ajudou a construir o bunker e diz ter visto luzes assustadoras nos céus e que saiu correndo para se abrigar com Howard, mas ele próprio não sabe o que pensar.
É interessante que aqui, diferente de Cloverfield, a dinâmica é desenvolvida não pelo medo de um alienígena gigante, mas pela possível ideia de que Michelle e Emmett não estão exatamente a salvo, estão é lidando com um potencial abusador dentro de um ambiente claustrofóbico e totalmente controlado por ele.
O filme, claro, ainda assim é sobre uma invasão alienígena e como seu predecessor também teve investimento em sites que expandem o universo cinematográfico trazendo mais luz sobre o que está acontecendo. Dessa vez o destaque vai para o personagem de Howard que ganha bastante pano de fundo e, assim, descobrimos melhor suas motivações.
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