#211 Llamageddon (2015)

 


Eu tinha separado outro filme para finalizar minha parte do especial de ETs, porém Llamageddon apareceu no meio do caminho. Esse longa estava há tempos na minha locadora particular, esperando o momento certo para ser apreciado. E teria melhor momento do que uma visita da Jéssica aqui em casa? Pois então, assistimos Llamageddon.

Como a Jéssica costuma falar desse tipo de filme: ele foi feito com um orçamento de dez reais e um Ki-Suco (sabor morango). Uma coisa que me deixou bastante feliz com essa pérola é que em nenhum momento tenta ser sério, ter coerência ou fazer algum sentido. O filme apenas vai e você vai junto. 


A lhama aqui é uma assassina que veio do espaço sideral. Em seu super moderno OVNI ela aterriza numa espécie de fazenda afastada e ataca o casal que lá vivia. Do nada estamos na cena do enterro desse casal, que descobrimos ter uma filha (que é nitidamente mais velha que eles) e dois netos. Esses netos são escalados para cuidarem da casa enquanto a mãe vai cuidar de coisas do testamento.

Os netos são uma moderninha e um nerdão. Todos os estereótipos são levados ao extremo e eles fazem uma festa na casa isolada. E a lhama aproveita a movimentação para causar mais caos ainda. Há uma cena particularmente perfeita em que ela pisoteia uma das vítimas, e as cores das patas dela sequer são próximas da cor da real lhama. 


(Um parênteses para dizer que as melhores atuações do filme são as da lhama e de uma moça que fica chapada e tira uma sonequinha no chão da cozinha). 

Llamageddon entrega absolutamente tudo que promete, ou seja, nada. Tem sangue de guache diluído em água, tem ataque numa jacuzzi, há cenas perturbadoras de sexo e de insinuações sexuais (closes em bocas que lambem os próprios lábios). Um dos personagens aparece ao longo do filme com aproximadamente 20 camisetas diferentes (eu e a Jéssica tentamos contar). 

Vale mencionar que em dado momento o personagem garanhão começa a se transformar em lhama e começa a botar ovos de llhaminhas. E a lhama espacial tem sangue/veneno verde que espirra na cara das pessoas. Aliás, os jatos de sangue são filmados de uma forma bastante especial e coerente com a realidade.


Para fechar com chave de ouro, quem vai salvar os jovens é o pai, que esteve ausente durante o enterro dos sogros. Há toda aquela comoção de pai e filhos, reencontros, dar a vida pelo outro. Uma alegria sem fim. 

É isso, meus amigos, às vezes a gente precisa ver um filme que deixaria Ed Wood dando pulinhos de alegria. Não se levar a sério é importante.


Comentários