Eu não tenho muito critério para filme de terror dos anos 80. Se foi feito nessa década, é bem provável que eu queira assistir. Nessas me deparei com Blood Beat, filme de 1983, dirigido pelo francês Fabrice-Ange Zaphiratos. Vamos à belíssima sinopse: Uma família na parte rural de Wisconsin é assombrada pelo espírito de um guerreiro samurai.
Fui pela galhofa e acabei bem surpresa com tudo que eu vi. Esse slasher tem uma charme muito peculiar. Ele tem muito do cinema europeu dos anos 70, principalmente do giallo. As cores aqui não são tão fortes quanto as do cinema italiano, mas as luzes, os cortes, a trilha sonora, tudo remete àquela época.
Um jovem vai com sua irmã passar as festas de fim de ano com sua mãe e padastro. Ele também leva a namorada, que parece um pouco nervosa de conhecer a família toda de uma vez. Ao chegar lá, há um nítido estranhamento entre a mãe e a namorada. A jovem não se sente confortável lá, tem a sensação de que a matriarca está observando cada movimento deles.
Ela é uma artista que se recusa a casar com o companheiro de longa data, apesar da insistência dele. Ela guarda algum segredo e a jovem convidada parece estar prestes a descobrir algo. Começa a sofrer alucinações, vê muito além de sua realidade e sente que o perigo está perto.
Aí aparece o tal samurai, que é interpretado pelo próprio diretor. A coisa podia descambar para a bizarrice, mas vira apenas um mero detalhe. Poderia ser qualquer outra entidade, o que vale ali é a sensação que causa em quem está assistindo.
Li que o Panos Cosmatos (diretor daquela esquisitice linda chamada Mandy) estava sendo considerado para dirigir o remake, e cara, acho que funcionaria muito. Comecei vendo esse filme e achando meio sem graça, e de repente sou surpreendida com tudo aquilo. Recomendo que assistam sem esperar muita coisa...
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