Filmes de zumbi existem aos montes e é sempre dito como George Romero influenciou a safra que veio logo após ele, isso é inegável. Dito isso, quero ir direto ao assunto com Juan dos Mortos, filme de parceria entre a Espanha e Cuba que tem mil referências aos filmes do diretor americano, mas que consegue passar ar de originalidade justamente por fugir desse eixo americanizado e caindo nas graças do povo latino.
Juan e Lazaro são dois amigos trambiqueiros que vivem com o que podem, contanto que não falte um descanso na laje enquanto bebem rum e assistem a cidade por cima. Um dia, mortos começam a se levantar e atacar as pessoas no prédio em que moram e logo isso se alastra para outros pontos do país também. Logo os noticiários começam a afirmar que essas pessoas são dissidentes e que estão apoiando uma revolta comandada pelos Estados Unidos. Veja bem, o termo "zumbi" é utilizado apenas uma vez no filme inteiro e por um personagem americano! No restante do tempo eles são sempre chamados assim, dissidentes, é genial.
Não demora muito outras pessoas, também malandras, se unem à trupe e bolam um plano. Para se salvarem? Longe deles, para faturarem com o que está acontecendo. O serviço "Juan dos Mortos" para que eles cuidem de matar parentes e outras pessoas que se levantaram e que estão causando destruição em algum local. Cada cabeça de dissidente por um valor X. E, claro, o plano dá super certo até que não dá mais.
Alejandro Brugués assinou a direção e o roteiro e acertou muito nas referências não ditas de filmes como Madrugada dos Mortos, muitas aliás. Me peguei rindo em vários momentos pois é o tipo de filme que a gente, latino, vai se identificar de cara com o que eles armam, mesmo as vezes a piada sendo um pouco bobinha meio nível "Globo Filmes". Pega uma tarde, prepara a pipoca e aproveita pra rir.
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