No passado, já falei aqui sobre o primeiro filme da franquia Tomie, então resolvi dar continuidade aos filmes e ver se a qualidade melhorava, piorava, enfim, filme é para ser assistido! Vamos então ao segundo filme que, originalmente, foi feito em formato de três episódios para TV e mais tarde relançado em VHS e DVD como um filme de 1h e 12 minutos. Os três segmentos apresentam pouca coisa que os conectam a não ser um personagem, a partir do segundo segmento, Dr. Oota, que está investigando Tomie.
No primeiro segmento, Tomie é encontrada morta em um lixo e isso revira o colégio onde estudava. Uma semana depois ela ressurge causando rebuliço a ponto do médico do colégio precisar averiguar que ela estava viva sim e os alunos poderiam se acalmar, não era um fantasma. Acontece que o então namorado dela, ao invés de estar feliz com seu retorno, apresenta um comportamento diferente.
Na segunda parte, um fotógrafo retorna a um local após dez anos se passarem. Ele costumava ver uma jovem sempre no mesmo lugar e que mexeu com ele. Nunca mais foi capaz de encontrar outra mulher tão bonita quanto aquela moça. Eis que ele reencontra a mesma pessoa só que ela não parece ter envelhecido um dia. Envolto em obsessão por tirar fotografias, ao mesmo tempo que existe todo um ar erótico, é o episódio mais interessante dos três.
.jpg)
Por fim temos a parte final onde Tomie e seu namorado são perseguidos por um homem misterioso que usa tapa-olho. Ele quer, a todo custo, matar a mulher e ela deseja que seu namorado mate o homem, que agora descobrirmos ser o Dr. Oota. Se ele não matar Oota, Tomie não ficará mais com ele de forma alguma.
As adaptações desse mangá de Junji Ito são sempre bem complicadas porque, na minha concepção mostram muito mais uma força machista destrutiva sobre uma mulher liberta do que um "demônio" em si. Quem se apaixona por Tomie não se contenta em tê-la, ele precisa matá-la como parte de um ritual que se repete cada vez mais e mais. E toda vez que isso acontece, as partes dela se transformam em novas Tomies e se reproduzem, se multiplicam, sempre vencendo no final apesar de todo o ódio inflamado contra elas. E isso não significa uma redenção visto que existe em torturá-la. Prazer do lado masculino.
Não é um filme bom, não possui conexão direta com o primeiro filme, mas as temáticas estão ali ainda presentes.
Comentários
Postar um comentário