Conde Yorga, Vampiro é um longa de 1970, dirigido por Bob Kelljan, que originalmente ia ser um pornô softcore. Mas no meio do caminho mudaram de ideia e fizeram esse terror simpático. O filme foi rodado em meio ao que foi chamado de Nova Hollywood e todos os elementos da época estão aqui. Li um comentário muito interessante no Letterboxd que dizia que esse aqui é uma versão hippie de Los Angeles de um filme que seria da Hammer. E é exatamente isso.
Tudo começa com um casal hippie good vibes que convida do Conde Yorga para uma sessão espírita. Chamam outros amigos e tudo fica estranho a partir do momento que Donna consegue entrar em contato com a mãe recém-falecida. E qual a relação de Donna com o Conde Yorga? Logo sabemos que ele era namorado de sua mãe, que misteriosamente havia morrido de uma profunda anemia.
O choque é tanto que resolvem encerrar a noite. Um casal de amigos decide dar uma carona para o Conde até seu castelo. Chegando lá o carro deles atola e eles são forçados a passar a noite no veículo, dentro da propriedade do Conde. Eles são atacados, acordam sem memória do que aconteceu e Erica decide visitar um médico, pois não se sente bem.
Ela é diagnosticada com perda de sangue e um tempo depois é flagrada se alimentando de um pobre gatinhos (diz o IMDb que foi usado um bebê gato sedado coberto de lasanha enlatada na cena). O médico de Erica logo desconfia de vampirismo e chama os demais homens que estavam na sessão espírita para investigarem o Conde, em seu castelo isolado.
Conde Yorga, Vampiro é um filme bem comum de vampiros, com sexualização e misoginia contra as vampiras. Se formos ignorar isso (afinal, para ser fã de terror a gente tem que ignorar muita coisa), a estética é bem interessante, e pegar esse contexto de paz e amor, Los Angeles e colocar uma pitada de Hammer, deu bem certo.
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