#272 Natten har øjne (2022)

 


Fiz uma longa maratona de filmes de vampiros aqui porque tudo que eu estava assistindo de terror novo me parecia ruim. Porém, ontem assisti Natten har øjne (segundo o Google Translator, o título é A noite tem olhos) do dinamarquês Gabriel Bier Gislason e amei. Inclusive, descobri nesse momento que ele é filho da diretora Susanne Bier e que família show! 

O filme tem vários elementos interessantes, a começar pelo casal protagonista. Maja é uma dinamarquesa, atriz, que se encontra por acaso com Leah, uma pesquisadora judia. Elas ficam juntas de cara e dão início a um romance (o clichê sapatão!). Tudo vai lindamente bem, até que Leah sofre um misterioso ataque epiléptico e quebra a perna. 


Leah precisa voltar para casa (Londres), e convida Maja para ir junto. Ela vai, mesmo que as duas não se conheçam direito. Leah avisa que mora com a mãe, uma senhora judia, também dinamarquesa, um tanto quanto excêntrica. Chegando lá, a mulher enche a filha de cuidados excessivos, mas nada tão estranho. 

Leah e a mãe moram num bairro tradicional judeu de Londres. Maja conhece muito pouco da cultura e vai até uma livraria da vizinhança para tentar entender mais. O livreiro de lá coincidentemente é tio de Leah e alerta Maja sobre sua cunhada. Aí percebemos que alguns segredos estão escondidos naquela casa. 


Maja percebe que Leah não melhora estando na casa da mãe. Ela descobre algumas coisas (sem spoilers!) e decide levar Leah para longe dali. As coisas desandam de uma forma absurda e aí começa o real terror. 

Eu gostei muito do clima do filme, que se utiliza da mitologia judaica e também das tensões familiares para criar o suspense. O fato de as protagonistas serem lésbicas não é uma questão em momento algum, a mulher não se incomoda da filha namorar outra mulher. Os medos e a superproteção significam outra coisa. 




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