Um dos maiores temores que existem no gênero do terror são os horrores do mundo real. Não é coincidência Psicose ser um grande favoritinho até mesmo para aqueles que não são fãs de filmes assustadores. E filmes assim, que tratam sobre pessoas perturbadas e cometem os piores crimes, certamente são difíceis de não grudarem no fundo da nossa cabeça. Estava eu pensando sobre o que resenhar e me lembrei deste que se trata de um caso real e, por suas circunstâncias políticas, sociais, é mais aterrador ainda.
O período é a Guerra Fria, na União Soviética, 1982. Durante o período de colheita de uma fazenda encontram um cadáver. A investigação policial acaba encontrando outros, ali perto, em diferentes fases de decomposição. É algo que deixa a polícia completamente atordoada e o investigador Viktor Burakov (Stephen Rea) começa uma grande jornada burocrática para conseguir descobrir quem é o assassino.
O problema é que novos corpos vão sendo encontrados em novas localidades, todas próximas de estações de trem, e uma força tarefa maior está fora de questão. Para o governo, um assassino prolífico assim mancharia a imagem da União Soviética, visto que além de tudo, esse tipo de pessoa é totalmente associado aos Estados Unidos, não teria como existir alguém assim. Viktor quase perde sua possibilidade de continuar a investigação visto que ele quer, claro, descobrir logo quem está por trás disso. E as vítimas não param de surgir. Ao todo, levariam quase dez anos e 52 vítimas, no mínimo, para que o serial killer fosse pego.
A produção é da HBO e conta com outros artistas, dentre eles os gigantes Max Von Sydow e Donald Sutherland. Adquiriu vários prêmios e teve ótimas críticas de jornais. Eu fico por aqui desejando que você não busque sobre o caso, apenas veja o filme e aí sim, se tiver interesse, leia sobre ele. É arrepiante.




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