#321 The Sleep Curse (2017)

Mais uma vez tenho a oportunidade de poder escrever sobre uma das cenas que mais gosto do cinema que é o mercado cinematográfico de Hong Kong. Tenho pra mim que os filmes latino-americanos tem sua própria estética de filmes de fantasma, assim como os norte-americanos e os asiáticos. Eu amo a estética Chinesa e Japonesa. Veja bem, eles também tem suas próprias peculiaridades, mas como o budismo é uma religião que pode ser encontrada em ambos os países, a forma como eles são apresentados é bem próxima.

O filme foi dirigido por Herman Yau, um querido conhecido por seus filmes de ação, com uma carreira de quase 100 filmes, e muito me empolgou descobrir que era ele quem estava por trás desse. Eu já sabia que não seria apenas uma história de terror. Mas antes de tudo, eu cheguei nele por outro motivo. O ator principal é Anthony Wong, um dos meus grandes favoritos de toda a safra dos anos 90 das pilantragens que Hong Kong ofereceu pro mundo em termos de cinema.

Pois bem. O doutor Lam Sik-ka estuda os poderes do sono e como ele pode afetar as pessoas, para bem ou para mal. Ele tem um projeto com ratos de laboratório onde tem conseguido mantê-los sem dormir por mais de vinte de dias. Aquela ideia de que passamos 1/3 das nossas vidas dormindo, ele deseja abolir isso e nos transformar em pessoas com mais produtivas. Lam acredita que dormir pode ser um desperdício de tempo. Enquanto isso, Man Ching vê seu pai morrer depois que ele vivenciou uma privação do sono que durou mais de um mês e o transformou numa aberração.

Dr. Lam deseja começar passar os estudos dos ratos para humanos, mas a faculdade o veta. Man Ching, já tendo uma conexão amorosa no passado com Lam e vindo de família rica, o procura pois ela tem medo que o mesmo aconteça com ela, que ela não consiga dormir. Entendem onde tudo isso vai chegar? O filme é mais um drama-histórico de terror do que o contrário e explico aqui a parte do "histórico". Lam e Man discutem sobre o fato do pai dela ter sofrido uma maldição e se era isso que o fez morrer. É aí que Lam se lembra de que seu pai morreu exatamente da mesma forma, durante a Segunda Guerra Mundial. Ele procura uma sacerdotisa para falar com o espírito de seu pai e nós somos transportados para o sofrimento que os chineses viveram sob as mãos dos Japoneses naquela época.

Calma, aqui tudo fará sentido e a parte do terror chegará com maldições, torturas e cenas bem pesadas como crianças mortas covardemente. Tudo o que posso dizer é que eu não estava preparado para o final, mesmo tendo adivinhado a conexão entre tudo (acho que qualquer um pegaria a conexão). Mas vale a pena, vai por mim.

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