Olá novamente, meus caros amighouls. Último especial do 365, último gás, chegamos aos momentos finais desses 365 dias. E, para encerrar muito bem encerrado, decidimos falar sobre aquela que talvez seja a franquia mais amalucada do terror. Tretas, brigas por direitos, polêmicas nos bastidores, muita frustração e desespero. Ela mesma, Halloween.
Como sempre fomos nós quem escolhemos nossos filmes, e como sempre eu escolhi os piores. E o filme de hoje mostra isso muito bem. Eu vou falar hoje de Halloween II, de 2009, do Rob Zombie.
Halloween II começa logo de onde Halloween: O Início, também do Zombie, acabou — antes disso, a gente tem um flashback do Michael Myers no hospital psiquiátrico recebendo a visita da sua mãe, Deborah (Sheri Moon Zombie). Nesse filme aqui, acompanhamos a Laurie Strode (Scout Taylor-Compton) depois de ter atirado várias vezes no Myers, e ter achado que tinha conseguido deter o bichão. A Strode é levada a um hospital, auxiliada pelo xerife Lee Brackett (Brad Dourif), enquanto Myers é levado por paramédicos. Mesmo dado como morto, seria muito simples se ele só tivesse morrido, né. Não morreu.
Então, quando consegue escapar da ambulância, depois de ter matado o motorista e todos que estavam em seu caminho, Myers escapou e ficou um ano na surdina, esperando o momento para ir atrás de Strode de novo. Enquanto isso, Laurie está vivendo com os Brackett. Dr. Loomis, que sobreviveu ao ataque anterior do Michael, está escrevendo um novo livro sobre o caso e sendo duramente criticado por isso.
É somente depois de um ano dos últimos ataques de Myers que ele pega seu rumo até Haddonfield novamente. Ele tem sofrido de alucinações com sua mãe, que lhe deu uma pequena estatueta de um cavalo branco — esse cavalo branco tem sido o maior alvo de discussões do filme durante todos esses anos. E, conforme Myers avança rumo a sua cidade natal, Laurie também começa a ter algumas visões, e consegue confirmar que ela é a irmã perdida de Myers, Angel.
Quando Michael chega a Haddonfield, ele não vai deixar pedra sobre pedra até encontrar Laurie. E Laurie, tendo as mesmas alucinações que Michael, começa a ficar cada vez mais paranoica. Ela poderia ter herdado a psicopatia do irmão? Há algo que ela possa fazer pra fugir disso?
O final de Halloween II é o que esperamos do final de qualquer Halloween no geral: Myers é derrotado depois de fazer uma bagunça em Haddonfield e deixar poucas, ou nenhuma, de suas vítimas de pé. Mas sendo um filme de Rob Zombie, as coisas são um pouco piores, porque a garota final nesse caso aqui acaba ficando completamente perturbada pelos horrores que presenciou.
Pois bem. Pra começo de conversa, nem o Rob Zombie queria fazer esse segundo filme. Ele ficou muito empolgado quando teve a chance de fazer o primeiro Halloween, o de 2007. Mas se desiludiu no caminho. Então, esse filme foi empurrado para cima dele por questões contratuais. Quando decidiu fazer esse aqui, a intenção dele era ir pro lado mais psicológico da coisa, de como as pessoas que sobreviveram se sentiram depois daqueles acontecimentos. Mas não sei se deu muito certo. (De certa forma, isso foi também utilizado na nova trilogia da franquia, em certos momentos.)
A primeira vez que bi o HII foi quando fiz minha primeira maratona da franquia Halloween. Assisti a todos os filmes, e naquela época não gostava do Zombie. Eu achava que isso poderia ter feito com que eu gostasse menos desse filme, mas, no geral, esse filme não se ajuda muito também. Eu passei a gostar mais da forma como o Zombie trabalha e acabei admirando o cara porque ele faz as coisas dentro do terror de uma forma muito apaixonada — do jeitinho dele —, então dou essa colher de chá. Mas esse aqui é difícil de defender.
Ainda assim, uma coisa que dá pra dizer sobre esses dois Halloween é que o Michael Myers dos filmes do Zombie são mesmo assustadores. O Tyler Mane, que interpretou Myers, é um ex-lutador com dois metros e seis centímetros de altura. O cara é enorme. Então sim, digo tranquilamente que esse é um dos (provavelmente o) Myers mais assustadores da franquia. Além disso, o filme é brutal, seco, violento, daquele jeito que o Zombie costuma fazer com os filmes dele. Apesar de toda a coisa simbólica e meio tresloucada do cavalo branco, definitivamente é um filme de Rob Zombie, pro bem e pro mal.
De curiosidade eu deixo aqui que era pra existir um terceiro Halloween, que seria sequência desse aqui. Seria escrito por Todd Farmer (que escreveu Jason X e o remake de Dia dos Namorados Macabro) e Patrick Lussier (o cara da franquia mais trelelé do Drácula, que começa com Drácula 2000 e segue ladeira abaixo). Essa ideia inconsequente e absurda só não foi adiante porque o estúdio decidiu focar em Pânico 4. Então, mais uma vez o dia foi salvo pelo Ghostface.
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