#367 Mamãe é de morte (1994)

 


Oi, gente

Tudo bom? 

Pois é, voltamos. Foi bem cansativo seguir postando todos os dias, ao mesmo tempo que foi uma experiência única. Alguns meses depois, cá estamos, prontos para recomeçar a falar de nosso gênero preferido. Nada de texto todo dia, cada um vai vir aqui escrever sobre e quando quiser. 

Semana passada tivemos uma reunião de pauta para essa volta e eu estava sem ideia de por qual filme começar. Meus colegas logo disseram: John Waters. Esse homem dodói da cabeça é um dos que mais amo na vida, então nada melhor do que recomeçar com ele. Os filmes dele que mais amo não são exatamente terror (Pink Flamingos e Female Trouble), mas Mamãe é de morte sim! 


No original, Serial Mom, que seria algo traduzido como Mamãe Serial (de serial killer), chegou no Brasil com o nome de Mamãe é de morte. Foi ótimo rever esse filme depois de tantos anos e fiquei me perguntando como um negócio desses vivia passando na TV aberta. Aí lembrei que os anos 90 foram uma grande deep web a céu aberto. 

Kathleen Turner é uma atriz maravilhosa e está perfeita como a protagonista. Escrevendo agora, fiz um paralelo com Jeanne Dielman, da Chantal Akerman. Explico: ambas são donas de casa, impecáveis, com suas vidas arrumadinhas. Porém, elas escondem um segredo. Um pouco de salada, um pouco de droga, versão cinéfila. 


No longa de John Waters, temos aquele senso de humor clássico dele, mesmo que ele pegue BEM leve em relação ao que fazia nos filmes anteriores. Como diz o nome, a mamãe perfeita gosta de passar trotes, atormentar vizinhos e matar pessoas que a incomodam de alguma forma. Seu marido, interpretado pelo ótimo Sam Waterson, é um cara bacana, pai legalzão, mas logo começa a desconfiar de que tem algo errado com a esposa. Mas família é o que importa, então ele se junta aos filhos para ajudar a matriarca. 

Falando em filhos, um deles é o Matthew Lillard, que dois anos depois estaria no perfeito Pânico. Aqui abro um parênteses para enaltecer esse homem no filme 13 Fantasmas (que eu resenhei no 365 em algum momento) e na volta de Twin Peaks

O filme ainda conta com a participação de Ricki Lake e Mink Stole, colaboradoras de muito tempo de John Waters. 


Mamãe é de morte é um bom resumo do que é o trabalho de John Waters, porém mais levinho e palatável para quem não está acostumado a ver uma pessoa comendo merda de cachorro (sim, isso acontece). Uma comédia macabra com aquela carinha de anos 90 que eu tanto amo. 

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